por Viggo Sutherland Ter Fev 06, 2018 1:01 am
Enquanto coletava informações sobre os dois, mantinha os sentidos, captando a veracidade daqueles fatos. Estava surpreso pela forma como ela dizia sobre terem sido do Sába e sobre terem matado um Bispo. Aqueles dois, na pior das hipóteses, podiam lhe arrancar a cabeça facilmente e, ainda sim, eram estudiosos? Apesar de sempre ter escutado que eles abraçavam sem qualquer conceito, sequer respeitando números. Bom, confiava desconfiando.
Após o romper da aurora, parto para as profundezas do barco, convidando-a a me seguir. Não tentaria nada com ela, tendo visto se tratar do Paramour daquele imortal e respeitava os pertences de outro irmão. É o dia seguiu como em um piscar de olhos. Conturbado e turbulento.
Acordando de súbito, sentia que até mesmo as presas haviam brotado, inconscientemente. E até mesmo a adaga que guardava de baixo do travesseiro está na mão, como se estivesse esperando um algoz. Estava ofegante, apesar de sequer precisar respirar. Sentia um incômodo ímpar. Recompondo-me, utilizo o balde de latão e a jarra para me lavar. Não havia necessidade de admirar-me pois isto sempre fora inútil. Mais uma maneira que poderia usar para testar os dois.
Assim, sigo a área comum encontrando-a já desperta e, junto à tripulação. Posso sentir que seu olhar estava assustado enquanto a conversa paralela transcorria a toda. Abro um pouco de rum, e coloco no copo, de modo a fingir velhos hábitos, molhando a barba que não havia feito enquanto escuta sobre o invasor da noite anterior.
- Bem pensado, homens! Apesar de que poderíamos ter mantido o desgracado amordaçado... Gostaria de ter tido a oportunidade de lhe interrogar pessoalmente.. Vocês têm plena convicção de tê-los matado antes de os atirarem ao mar, certo? - mais uma vez virando o copo, e molhando a barba.
"Estes bastardos podem estar agarrados ao casco e deus sabe tentarem adentrar a noite! " - a paranoia era quase sua companheira.
- Mudando de assunto.... Fico feliz em ver que o carregamento de charque, grãos e roupas já foram vendidos! Poderíamos aproveitar o que tem de excessos aqui e levar para Londres. - depósito o caneco que já havi enchido pouco, depositando ali. Alguém terminaria o que eu sequer havia começado.
- Imagino que peles sejam um item fácil revendas. Poderíamos também aproveitar os minérios e revende-los as industrias! Também existe alguns animais, mas sao itens exóticos e que recomendo cautela... A viagem pode ser difícil com tal.. - dizia Adrian, enquanto também bebia e comia.
- Consegui contato com uns dois senhores de peles, Querido... - dizia Madallena, toda trabalhada em rendas e um sorriso afiado. - O primeiro tem materiais de boa qualidade mas tem apetite pelo ouro maior que o segundo. Acredito que o senhor vai precisar dobra-lo. Já o segundo, tem olhos demais para decotes e consegui fazer seus preços caírem. - ela dizia, ajeitando os seios.
- Encontrei um vendedor de animais que poderíamos usar de guarda. São ótimos exemplares e de dentes bem conservados. Eles têm até ursos que poderíamos levar ao zoológico, mas garanto que a travessia vai-se difícil. Também tem três homens que se disponibilizaram anos acompanhar. Tem braços fortes e pouca preguiça, pelo que pude constatar. Também tem alguma experiência com sabre. Alem de trabalharem por um preço baixo. Imagino que os desgracados estão fartos de gelo e pedras! Há há!- Dizia Attallu rindo e praguejando aquele maldito frio.
- Existe também dois casais que pediram trânsito para Londres e até mesmo ofereceram uma ótima quantia pelo serviço. Confesso que até mesmo acima do que costumava pedir. Vão embarcar ainda amanhã no meio dia. - dizia Pappilon.
- Consigam os produtos e digam que encontrarei ele amanhã dentro do navio para selar o acordo. Sempre um por vez para que seja possível fechar bons acordos.. Melhor mantermos distância mas precisarei ir no final da noite até o cais. Temos de buscar o Padre. Quantos botes precisarei levar para que todas as suas coisas sejam carregadas, senhorita Morrogrande? Al disto, posso ter-lhe à sós! se dirigia a acompanhante, pedindo para que lhe acompanhasse até sua cabine, deixando os humanos com seus afazeres.