London Victorian Age

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Quando um homem se cansa de Londres, ele está cansado da vida; porque há em Londres tudo que a vida pode trazer. - Samuel Johnson


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    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 11:05 am

    A Companhia das Índias Orientais (EIC), também conhecido como a Honorável Companhia das Índias Orientais (HEIC) ou a Companhia Britânica das Índias Orientais e informalmente como John Company, foi uma companhia inglesa e mais tarde britânica, que foi formada para prosseguir o comércio com as Índias Orientais, mas acabou por negociar principalmente com o subcontinente indiano e a China Qing. Sendo uma companhia majestática formada por comerciantes de Londres, em 1600, com o nome de “Company of Merchants of London Trading to the East Indies”, a quem a rainha Isabel I concedeu o monopólio do comércio com as “Índias orientais” por um período de 15 anos.
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    Sede da Companhia Britânica das Índias Orientais  Empty Narração Gustaaf

    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 12:05 pm

    Gustaaf acorda, ansioso por colocar em prática as ideias que vinha planejando a meses se não anos. Fazia uma semana que estava em Londres, tendo inclusivamente se apresentado ao Elisium, se passando por um membro do cetro. O que não era tão difícil, ainda mais com o patético do Valérius no comando da cidade, e um bando de Hienas querendo o trono de Mithras. Seria bom que ele nunca voltasse, mas caso isso acontecesse, seria bom estar fora cidade o mais rápido possível. A não ser que encontrasse algum meio de ficar e de repente ganhar poder suficiente para se impor na cidade. Sendo favorável ao Sabba ou não.

    O Lasombra é recebido por um outro cainita, cujo clã desconhecia, que lhe mostra o caminho pela imensa casa que era a Sede da Companhia.

    No caminho é possível ver muitos e muitos quadros famosos, outros nem tanto, pelo menos para Gustaf que não é um exímio apreciador da arte. Mas para estarem ali, deveriam valer alguma coisa.

    Após andar por uns 10 minutos quase, o cainita é lavado a uma sala onde havia uma mesa redonda. Algo inusitado visto em mesas redondas não haver cabeceiras, significando que não havia ninguém melhor que ninguém naquela mesa.

    Na dita mesa havia 3 pessoas sentadas, 2 homens e 1 mulher, que quando o vêm, se levantam para cumprimenta-lo, e o convidando a se sentar. O guia fica de pé perto da janela, após fechar a porta. Deveria ser algum tipo de faz tudo.

    [Mulher] - Welcome sir Gustaaf van Antwerp, espero que tenha aproveitado sua estadia em nossa cidade. Apesar de termos conversado via correspondência, permita-me me apresentar: Me chamo Lady Joanne Stuart, e os meus colegas são Henrique Carolíngio e Albert de Wessex.

    Nós 3 representamos os interesses da nossa estimada Companhia, quando se trata de investimentos de grande valor, ainda mais se tratando de negociações com cainitas. Por favor, explique melhor o que o senhor tem mente para a nossa companhia?


    Os outros 2 homens sentados não pareceram preocupados ou depreciados pela mulher ter tomado a frente. Poderia muito bem ser uma estratégia dos mesmos para líder com o Lasombra, e com outros cainitas que ali viessem.
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Seg Jan 04, 2021 9:40 pm

    Gustaaf estava já acostumado à opulência das diversas companhias das índias, porém a companhia britânica estava um nível acima das demais. Por todo o trajeto ele avalia as instalações, expressando vez ou outra ao seu guia como ficava impressionado com o bom gosto de seus anfitriões.

    Uma vez na sala ele cumprimenta com um largo sorriso e um forte aperto de mão os dois homens, e com um leve - e levemente demorado - beijo na mão da mulher que lhe dirigia as palavras. Ele então se senta e responde, num inglês perfeito:

    - Tem sido um imenso prazer, lady Stuart. Londres fica mais bela a cada ano e lamento não ter a oportunidade de visitá-la mais vezes!

    Por um instante o Lasombra tenta determinar qual a hierarquia implícita entre os três, mas ele ainda não tinha informações suficientes para fazer mais do que um chute. Decide então se dirigir aos três, mas ainda principalmente à mulher que iniciar a conversa:

    - Meus caros, tenho certeza que vocês sabem o que tem se passado na França - a convocação dos Estados Gerais e a inquietação popular. A portas fechadas, a palavra revolução tem sido repetida em diversos locais. Tempos assim costumam se mostrar desafiadores para o comerciante simplório, mas para aquele mais perspicaz traz oportunidade de grandes ganhos.

    - Tenho diversos negócios e contatos em Ilha de França e algumas outras regiões. E sua empresa tem o monopólio de um produto que tenho certeza que terá grande incremento em sua procura: o ópio. Minha humilde intenção, my lady, é ser uma ponte entre sua oferta e essa demanda.
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    Mensagem por Night's Lord Ter Jan 05, 2021 11:12 am

    Os 3 na mesa sorriem quando o Lasombra cita o ópio e os interesses do mesmo em ser uma ponte ou um financiador do comércio. Já esperavam por isso. Mas quem lhe responde é o homem
    a esquerda, o Henrique Carolíngio.

    Henrique Carolíngio: - Conhecemos seu trabalho e seus métodos sr. Gustaf, e ser uma ponte de nosso negócios nas regiões as quais citou pode nos vir a calhar, mesmo nós já termos os nossos contatos por lá, mas quanto mais distribuidores melhor.

    Sobre os acontecimentos que vem ocorrendo fora da ilha normalmente não nos interessam tanto, visto nosso comércio ser nas américas e no oriente. Pouco comércio fazemos diretamente com os outros países, mas uma revolução poderia ser um perigo a todo um sistema milenar. Ou não! Pois nossos principais clientes, na ponta final da cadeia do comércio, são as pessoas comuns que hoje vivem cada mais miseráveis, principalmente na França. Então de repente um susto na nobreza pode ser algo útil a todos nós.

    A nossa proposta a senhor é ser nossa ponte na Espanha e em Portugal, onde sabemos que o senhor tem mais influência. Nós não gostamos tanto de lidar tanto com a Igreja, pois apesar de condenarem a usura, eles mesmos o fazem. E não só isso, eles tem a mania de se meter nos negócio dos outros, dizendo o que podemos ou não comercializar e adoram taxar nossos produtos.

    Caso o senhor consiga um acesso melhor de nossos produtos na península Ibérica, teremos um acordo.


    Era nítido que eles o haviam estudado nesse tempo em que deixaram o deixaram esperando. Mas isso não era espanto a Gustaf, que teria feito o mesmo, como na verdade fez o mesmo. Da mesma forma que saberia que as negociações não seriam fáceis. Mas já tinham dado um passo importante. Lidar com a Igreja era algo que o Lasombra já costumava fazer e sabia como controlar e burlar as regras mais rígidas da Igreja quanto ao comércio.
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Ter Jan 05, 2021 8:49 pm

    Aos poucos os jogadores sentados à mesa mostravam suas mãos. Gustaaf estava preparado para um desenrolar mais lento da conversa, mas os representantes da EIC haviam reagido de forma objetiva à sua abordagem mais direta e o holandês estava bastante satisfeito.

    - Senhor Carolíngio, fico feliz que a Companhia veja a questão da mesma forma que eu: bons parceiros nunca são numerosos demais.

    - Vejam bem, caríssimos. Eu pensei na França pois acredito que seja ali que haja uma maior oportunidade. É fato que o povo Francês está pressionado pelos nobres e pelo clero, e enfrentarão provavelmente dias ainda mais sombrios num futuro próximo. E é justamente com isso que conto para ampliar sua base de consumo.

    - Hoje, seus clientes finais pertencem principalmente às classes superiores da sociedade - uma estratégia segura e que dá resultados, mas que pode não ser sustentável no futuro próximo. Eu quero atingir o camponês que sofre e precisa de um alívio, um tônico para fazê-lo esquecer-se de sua fome; o pequeno burguês, que teme que as ruas sejam tomadas por conflito e não consegue dormir à noite; a meretriz, que precisa de ânimo para aguentar mais um dia. E os canais para atingir esses clientes certamente diferem daqueles que vocês hoje possuem.

    Ele tamborila seus dedos sobre a mesa um instante antes de prosseguir.

    - Porém eu também entendo o seu interesse pelos Ibéricos. A hipocrisia católica é realmente incrível, não? Para eles, não há maior pecado do que o lucro exclusivo de outrem. Mas se esse lucro aumentar a quantidade de ouro em seu altar, a qualidade de seu vinho ou a beleza das jovens que visitam seus quartos quando cai a noite, ele se torna bendito e justificado.

    - A nobreza portuguesa e espanhola já adquiriu o gosto por seu produto - e o clero também. Tenho certeza que, após uma conversa com as pessoas certas, todos ficarão felizes ao ver um fluxo maior dele pelas cortes, conventos e monastérios.

    Seu olhar passeia pelos olhos de Carolíngeo, Stuart e Wessex.

    - Ao que tudo indica, está prestes a nascer uma amizade duradoura aqui. Gostaria de saber quais as condições de seus acordos hoje, e quais seriam aquelas que poderiam me oferecer.
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    Mensagem por Night's Lord Qua Jan 06, 2021 9:05 am

    Após ouvirem a palavra amizade, os 4 na sala sorriem. Pareciam gostar do som da palavra, mas Gustaf é um ser experiente em comércio, e sabia que por de trás dos sorrisos, havia muito provavelmente alguma armadilha, alguma forma de eles saírem ganhando. O que era normal visto ser uma companhia enorme, com mais de 100 anos, em quanto O Banqueiro da Antuérpia não tinha 30 direito a frente do banco e seus comércios.

    Stuart: - Sim, prevemos uma boa parceria de negócios entre nós. Mas nós não trabalhamos só com o ópio, mas também com seda e algodão, e outras especiarias também.

    O ópio nos dá um grande lucro, mas como bem sabes, jamais devemos depositar todos os ovos de ouro em um galinheiro só. Então garantimos que casa um recurso fique escasso, outros possam substituir.

    Prevendo já essa parceria, tomamos a liberdade de redigir um contrato para nossa parceria. Verás que no mesmo há alguns itens, como uma garantia que ao comercializar nossos produtos, além de uma taxa para usar o nosso nome e os nossos contatos para comercializar os nossos e os seus produtos.

    Leia com atenção para não haver dúvidas, e se tiver alguma, ficaremos felizes em esclarecer as mesmas.

    Quanto a França, primeiro nos mostre seu serviço na península ibérica. Depois iremos ver o que podemos fazer com o comércio nas terras de Villon e Rafael de Corazion.

    Após ler o contrato e discutirmos todas as clausulas, você pode ter interesse em saber que um contrabandista de certo valor aportou em nossas docas 2 noites atrás. Você pode tirar vantagem da experiência dele e pode ser um bom aliado comercial para seus produtos mais escusos.


    Gustaf já esperava tudo aquilo, menos o tal contrabandista, mas ser poderia ganhar com isso, por quê não? Um outro fato que chama atenção do cainita é o anel que os 3 na mesa usavam, um anel feito de ouro, prata e uma metal ou minério verde, com uma pedra negra escrutada nele. Nessa pedra havia o desenho de uma árvore com muitos ramos, ou algo parecido com isso, e quando num instinto olha para o homem perto da janela, ele também parecia portar um anel parecido.

    Olhando pela janela também, percebe uma névoa encobrindo a cidade. As famosas brumas de Londres.
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Sex Jan 08, 2021 9:14 pm

    A viagem a Londres estava se mostrando frutífera. Gustaaf sabia que no início da relação com a Companhia não conseguiria termos muito favoráveis, mas a força do nome da companhia e a qualidade de seus produtos ainda lhe trariam grandes lucros, ainda que com uma margem diminuída.

    - Fico lisonjeado que já tenham se dado ao trabalho de redigir esse contrato, Lady Stuart. Tal demonstração de que interesse nessa parceria não é unilateral apenas me dá mais confiança de que teremos um futuro grandioso.

    Ele toma em suas mãos o envelope. Não o abriria ali, não seria tão rude.

    - Irei dar a ele toda a minha atenção quando não estiver tomando seu tempo. Gostaria de deixar claro que o negócio do ópio, por mais que tenha sido o foco inicial de nossa conversa, não é o meu único interesse nessa relação. A verdade é que, com a força do nome de sua Companhia, tenho certeza que até mesmo água do mar engarrafada venderia por um preço.

    Por um segundo seu olhar se desvia de todos ali, enquanto ele organiza as palavras para continuar.

    - Porém eu devo, sem querer de forma alguma lhes ser descortês, mais uma vez tocar no assunto de França. Eu entendo a importância estratégica da península Ibérica para seus interesses e estarei totalmente comprometido em fazer com que seus produtos cheguem até lá, mas essa empreitada tomará tempo. Sei que temos a eternidade diante de nós, mas temo que se perder o momento que a situação atual está configurando, talvez não consiga tornar minha visão para as terras francesas realidade.

    - Será que conseguimos chegar a um objetivo de mais curto prazo que possa provar-lhes meu valor - um pequeno aditivo a esse contrato que me permita ao menos iniciar minha operação? Talvez envolver a pessoa a quem Lady Stuart se referiu?
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    Mensagem por Night's Lord Seg Jan 11, 2021 2:15 pm

    O clima na sala estava amigável, parecia leve com os acordo pré-planejados, mas ao citar novamente a França, o trio na mesa e, principalmente o homem na janela, mudam ligeiramente suas feições, piorando um pouco o clima da sala.

    Carolíngio: - Por favor senhor Gustaaf, não vamos estragar um começo de uma nova amizade e parceria de negócios com insistências fúteis e não dignas de um homem como o senhor. Nós temos a vantagem de poder fazer as coisas com calma, pois tempo é o que não nos falta, e coisas bem feitas levam tempo para se fazer.

    Vá para sua mansão, leia com com bastante atenção os detalhes do contrato, e quando o fizer, traga suas duvidas para conversarmos. Acredito que gostará dos termos, assim como nós e após assinarmos esse contrato, teremos início de uma bela parceria eu prevejo.


    Não estava aberto a negociações. Ou era Península Ibérica ou era nada. O pirata nem fora citado novamente.
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Qui Jan 14, 2021 9:26 pm

    O holandês percebe que qualquer esforço naquele momento não traria bons frutos. Tudo bem, ele pensa, não se pode ganhar todas as batalhas. Ele então se levanta, dizendo:

    - Certamente, senhor Carolíngio. Não voltarei a lhes incomodar com esse assunto. Planos podem sempre ser refeitos, e outros podem também tomar o seu lugar. Com vossa licença irei me retirar e, assim que tiver estudado o contrato, agendaremos um novo encontro.

    Ele estende a mão em direção aos presentes e aguarda antes de seguir em direção à carruagem que o trouxera até ali.

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