Vaine se manteve em silêncio por toda a viagem, aproveitava o tempo, para observar da janela da carruagem as ruas de Londres, que por mais que estivessem envoltas em brumas devido ao nevoeiro, ainda sim era o suficiente para mostrar sua beleza.
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Ao chegar no local, assim que a carruagem parou em frente, Vaine observou a construção primeiramente, uma bela casa ao estilo londrino, mas já era de se esperar, desde que entrou no bairro, notou que as construções ali, era de quem possuía posses, mas o que realmente intrigou o Capitão de Moartea Iluzorie, foi quando desceu da carruagem e avistou os guardas que ali estavam, que assim como o homem que fora lhe buscar, demonstravam extrema seriedade e se mantinham em suas posturas imponentes e militares. Ao ver os rifles que os guardas empunhavam o Vampiro ergueu as sobrancelhas em surpresa, afinal, esse tipo de armamento, demandava certo recurso e influencia, mas nada fora do comum, ao se tratar de alguém do cetro, então pensou:
"De fato, o homem que me chamou tem influencia e dinheiro, vejamos o que ele quer."
Vaine aguardou pacientemente, que o homem achasse suas chaves e abrisse o portão, assim que o mesmo faz, o Capitão passa pelo portão seguindo-o e ao se deparar com outra dupla de guardas, sorriu enquanto pensava:
"Parece que o mesmo se esconde atrás de mortais demais, com toda certeza tem alguns inimigos, pra ter tanto escudo de carne a sua volta..."
Ao entrarem na casa, Vaine observou cada detalhe, apesar de não ter muito o que ver, o Ravnos se a tentou aos quadros que retratava alguns militares e por fim, parou próximo a espada, que chamou sua atenção, já que provavelmente pertenceu a alguns ou a todos que eram retratados ali nos quadros ao longo do corredor.
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Assim que entrou no que seria um escritório da casa, Vaine observou o homem que ali estava, o olhou de cima a baixo, memorizando sua aparência e trejeitos. Quando o mesmo dispensa o seu serviçal, o Ravnos apenas acompanhou a saída silenciosa do mesmo com os olhos e então, voltou novamente sua atenção para o homem a sua frente, que provavelmente seria seu anfitrião.
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Quando o homem começou a falar, Vaine colocou suas mãos para trás e se permitiu a ouvir, ouviu cada palavra que o mesmo falava, em silêncio. Quando o mesmo se refere a Kotrynna e a seu companheiro, Vaine sorriu de canto de boca, meneando a cabeça negativamente, enquanto pensava:
"Parece que tem muita gente interessada em Kotrynna e seu amigo... Provavelmente posso brincar um pouco com isso..."
Porém, seus pensamentos foram interrompidos, quando o mesmo toca no assunto de seu anel, novamente alguém da nobreza o reconhecia e esse em especial, parecia saber um pouco mais do que os outros, alias, na verdade, esse em sua frente, te dava a oportunidade de saber um pouco mais sobre o anel. Vaine leva a mão sobre o anel e o gira em volta de seu dedo e fita o homem enquanto permite que ele termine suas perguntas, ficando em silêncio. Quando o mesmo finda suas palavras, o Capitão sorri e diz de forma amistosa:
-Boa noite, Lorde Cornell, as ultimas noites foram agitadas como o Senhor mesmo sabe, então apenas pude apreciar a cidade da janela de sua carruagem e com toda certeza, é divina...
Vaine então passou a mão em sua barba, e então fitando Cornell nos olhos falou:
-De fato parece que o Senhor tem bastante influencia, sabe bastante coisa sobre minha chegada até Londres, apesar que não fora de minha vontade esconder isso de ninguém, então era de se esperar.
O Ravnos sorri para o mesmo enquanto desviava o olhar, mostrava ali, que toda aquela arrogância que o seu anfitrião mostrava e demonstração de poder, não significaram anda a Vaine, afinal, qualquer um podia ter tais informações de maneira fácil. Então completou alfinetando o Lorde:
-Se seus homens a perderam de vista, talvez o Senhor estaja os superestimando demais, não?!?
Vaine então volta suas mãos para a frente, erguendo a mão que estava o Anel e rodando-o em torno do dedo que ele estava com a outra mão e prosseguiu:
-Bom, o Senhor é a segunda pessoa que vem me falar do meu Anel e talvez, como a primeira, deve achar que eu o roubei...
O Capitão então sorri e continua:
-O Senhor sabe bastante sobre o anel me parece e talvez, apenas talvez, eu possa lhe dizer quem me deu este anel...
-Porém.....
Vaine faz uma breve pausa e abaixa a mão, cruzando ambos os braços:
-Não preciso de sua riqueza, mas aprecio suas informações....
-Me diga tudo que sabe sobre o Anel e a ordem que ele pertence, se eu não ouvir mentiras e eu sou bom em identificar mentirosos, eu digo e até lhe mostro quem me entregou este anel.
-Me parece justo não? Assim trocamos informações, o que é bem mais valioso...
Vaine então esperou a resposta do homem e veria qual seria a escolha, pois seria isso, que determinaria o rumo daquela conversa.