London Victorian Age

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Quando um homem se cansa de Londres, ele está cansado da vida; porque há em Londres tudo que a vida pode trazer. - Samuel Johnson


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    Templo Setita

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    Mensagem por Night's Lord Qui Fev 04, 2021 6:42 pm

    Templo Setita Templo10

    No seio da maior cidade do império britânico, uma cidade extremamente cristã, há, escondido aos olhos comum, um templo onde se cultua os velhos Deuses do Deserto. Um local sagrado onde ainda se faz sacrifícios humanos e animais como oferenda aos Deuses que um dia já andaram pela terra governando-a com mãos pesadas.
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    Templo Setita Empty Narração Genevieve

    Mensagem por Night's Lord Qui Fev 04, 2021 6:58 pm

    Genevieve sozinha andando pelas ruas de Londres finalmente havia chego ao local onde Mormont havia falado onde poderia encontrar o ferreiro Anpu.

    A princípio acho que estaria em um local errado, pois só via uma velha casa que deveria ter sido realmente bela e imponente, mas hoje não passava de uma casa decadente desejando um dia poder voltar a ter sua glória restaurada.

    Mas como sabia que Mormont não haveria de ter lhe dado um endereço errado, a Toreador começa a se dirigir aos degraus da velha mansão, quando é abordado por um homem todo careca e com o peito nu, chocando a conservadora cainita, e segurando uma lança que mais parecia dois machados que lhe impedia a passagem, com um olhar vazio, como se fosse controlado por outra pessoa ou por outro alguém.

    Templo Setita Arnold10


    Imediatamente a besta de Genevieve entra em alerta. O homem nu é perigoso e tinha certeza que se desse um passo a mais em frente, seria decapitada por ele, como tinha certeza que Louis morreria por ela, se ela pedisse. A Toreador também institivamente sabe que não adiantaria em nada usar presença com um ser daqueles.


    O silêncio entre o guarda do templo e a cainita durou apenas alguns minutos, até que uma voz doce, grave e de uma entonação tão profunda e antiga que ao primeio momento Genevieve pensou em estar no Egito antigo, na época dos Faraós.

    Amun Atah: - O que traz alguém das rosas em meus domínios? Raramente temos o prazer da visita dos habitantes da Manoir du Roses Blanches. O que poderia trazer uma criança das rosas aqui em meus domínios, onde os Deuses do Deserto ainda são cultuados?  
    Amun Atah
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Dom Fev 07, 2021 2:19 pm

    A carruagem percorreu as ruas de Londres lentamente, dando a Genevieve um tempo para analisar a cidade. A região central era movimentada, mesmo à noite, e o olhar atento de Genevieve percebeu a variedade de comércios que se mantinham abertos mesmo após o recolher do sol. Conforme se afastavam da região central, a arquitetura se modificava – agora as ruas eram tomadas por casas antigas e mal cuidadas, ao invés das lojas que reparara anteriormente.


    Quando a carruagem parou na frente de uma casa velha, com pintura descascando e até mesmo alguns focos de pequenos desmoronamentos, Genevieve contestou mentalmente a informação de Mormont, e a lealdade dele. Por fim, decidiu confiar na informação e seguir para a entrada do local, de braços dados com Louis.


    Antes mesmo que chegasse aos degraus da casa, foi surpreendida por um ser obsceno, com o corpo desnudo e um olhar vazio: logo entendeu que nada que fizesse poderia manipular este homem, pois a mente dele já estava dominada por outra pessoa. Antes mesmo que Louis pudesse reagir, pressionou suas unhas firmemente sob a pele dele, porém sem rompê-la, como sinal de que permanecesse parado ao seu lado. Instintivamente, expandiu seus sentidos tentando buscar a fonte de manipulação deste humano, e identificar quaisquer ameaças próxima. (Auspícios I – Sentidos Aguçados)


    Após breves momentos, identificou uma voz que vinha da direção da porta da casa, que se apresentou como senhor daquele domínio, porém sem maiores explicações – como, por exemplo, um nome, ou sequer a sua imagem. Genevieve considerou rude a atitude do anfitrião, porém sabia que deveria respeitar o senhor de cada domínio, portanto sem dar sinais de desagrado, cumprimentou o ser invisível:


    Good Evening, Sir. Me chamo Genevieve de Clermont, acredito que Milord Anpu está à minha espera.
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    Mensagem por Night's Lord Seg Fev 08, 2021 4:18 pm

    Utilizando de seus dons para tentar identificar de onde provinha a imponente voz que lhe falava, Genevieve fica frustrada em saber que a voz provinha de dentro da mansão abandonada, mas não tinha como saber a exata localização do dono da voz.

    O homem seminu a frente da Toreador estava impassível. Não se mexia e nem falava nada. Nem mesmo seus olhos se mexia, parecendo não ter piscado em nenhum momento até então, demonstrando realmente que aquele homem era uma espécie de marionete que servia de guarda ao templo ou seja lá o que for essa decadente construção.

    Mas tudo muda quando o nome do ferreiro é citado. A decadente mansão agora realmente era um tempo egípcio, com todas as pinturas e hieróglifos escritos nas mesmas. Genevieve nunca havia visto algo assim antes, somente ouvido sua mentora falar uma vez que esse tipo de magia existia e que somente feiticeiros realmente poderosos conseguiam fazer algo do tipo.

    A voz grave ainda dá um comando e o homem armado a frente da cainita volta para um abertura na parede, se escondendo nas sombras e apagando toda a sua presença. Parecia que ele nunca estivera ali bloqueando sua passagem.


    Amun Atah: - Seja bem vinda mensageira de Villon. Entre e aproveite nossa estadia em quando o mestre Anpu é chamado em sua forja.

    O interior do templo era magnífico. Uma beleza exótica que poderia até superar a beleza da mansão das rosas brancas, havendo pinturas e mais pinturas retratando inúmeros acontecimentos no decorrer dos séculos, principalmente no antigo Egito.

    Demora um pouco e um jovem entra na sala de espera do templo. Todo vestido e limpo, sem nenhuma marca da forja que ele supostamente estava, e que vinha "martelando" a mente da jovem Toreador. Com algum vampiro consegue trabalhar em uma forja? trabalhar com metais incandescentes e fogo? A grande maioria dos cainitas ficariam desesperados só de chegar perto de tal temperatura.

    Anpu: - Recebi a mensagem de Villon no começo dessa noite, e fiquei curioso em saber o que a sra poderia me trazer, que o próprio Villon não poderia conhecer.

    Pois bem, vamos a minha sala de armas, onde poderemos conversar a vontade. O Velho Amun não irá nos atormentar por lá. Nós Setitas valorizamos demais a privacidade de nossos irmãos.

    Agora, me conte, ou melhor, me mostre o que despertou tanta atenção e cuidados do ser que é a alma de Paris.


    Genevieve ainda com sentidos aguçados, mal consegue ouvir os passos de Anpu ao seu lado. Além disso, todos os movimentos que ele fazia, eram "bem pensados". Não falava, a não ser que fosse algo importante, e não mexia demais os braços a toa, ficando os mesmos sempre próximos a cintura, onde a Toreador podia ver duas facas, com cabos ricamente trabalhados.

    Mas o que mais chamava atenção de Genevieve, é o olhar do Setita. Frio, calculista, sem um pingo de emoção. Um ser de vontade fraca poderia cair no choro perto de alguém como ele, ou até mesmo sair correndo.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Seg Fev 08, 2021 8:02 pm

    Ao ouvir as boas-vindas, Genevieve faz uma leve reverência em direção à porta da Casa, um sinal de respeito não só ao Templo, mas também ao Senhor do Domínio. Ao levantar novamente os olhos para a construção, se surpreende ao ver o cenário todo mudado: a casa malcuidada havia se transformado em um belíssimo Templo, adornado com pinturas e símbolos que Genevieve não reconhecia. Esta mudança de cenário, apesar de agradar os olhos da Rosa, deixava-a inquieta pelo que estava por vir.

    O interior do Templo era ainda mais estonteante que o exterior, e Genevieve tirou alguns breves momentos para apreciar a arquitetura e as artes do local, porém sem tocar em nada, pois não gostaria de ofender O Sagrado de ninguém. O tempo todo, Louis se mantinha em uma postura aparentemente neutra, natural, porém estava atento a quaisquer sinais de perigo e pronto para defender a amada.

    Não demorou muito, e um jovem rapaz adentrou o aposento. O primeiro pensamento de Genevieve é que agora, pelo menos não lidaria com um ser desnudo, desprovido de pudor. A atenção da Rosa logo se prendeu no homem, analisando cada detalhe de sua aparência: limpo demais para alguém que estaria trabalhando em uma Forja (por mais absurdo que isto parecesse, considerando que era um cainita), com seus cabelos e barba pretos e bem aparados, com cortes à moda local, vestido conforme a nobreza cainita. Toda essa aparência nobre e civilizada era contrastante com a atmosfera violenta que ele parecia carregar: seus olhos eram fixos e seus movimentos lembravam claramente uma cobra espreitando uma presa. “Um assassino”, Genevieve deduziu, ciente da postura do cainita a sua frente, e das mãos dele que não se afastavam nunca de suas adagas – como se a própria Morte sussurrasse em seus ouvidos.

    – “Enchantée, Monsieur. Sinto que minha chegada tenha sido anunciada tão tardiamente, espero não ter importunado nenhum compromisso seu.” – Genevieve educadamente fez a mesura esperada de enviados da Corte, e seguiu Anpu até sua forja. Ao chegarem em seu destino, voltou a falar, sinalizando para Louis remover a adaga do baú, e repousá-la sob a bancada central do aposento. Genevieve manteve-se distante do objeto enquanto Louis cuidadosamente revelava a adaga, previamente embrulhada em sedas, tomando o cuidado de não encostar na arma. – “Votre Majesté, le Prince Villon, me delegou a tarefa de apresentar-lhe este item para análise.”
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    Mensagem por Night's Lord Seg Fev 08, 2021 8:38 pm

    Anpu estava curioso, mas pouco demonstrava essa emoção, até que Louis abre a caixa e pega a adaga e a coloca no centro do quarto em uma mesa.

    O Setita ficou em absoluto silêncio e ficou rondando a adaga com cerca de 1m de distância, com um respeito sobre ela, como se reverenciava um Deus, até que passados bons longos minutos de avaliação, ainda sem dizer nada ele pega a adaga tempo suficiente para sentir o peso da mesma, ver de perto qualquer imperfeição que pudesse ter e colocar ela virada para outro lado. Após a devolver na mesa, ele olha a mão que parecia em "carne viva" sendo visível os danos causados pela mística adaga. Anpu não fez questão de esconder a dor que estava sentido, mas seu autocontrole para não sair gritando ou algo do gênero, era espantoso.

    Olhando a mão machucada com uma análise clínica, como se estivesse o corte de uma faca forjada por ele, o cainita do Egito, volta a olhar para a adaga com um olhar mais curioso e clínico, até que se afasta e pede que Louis cubra a adaga novamente, em quanto ele se dirige a uma estante onde pega um livro (coisa rara) antigo de papiros enrolado com cordas de câmanho, e nele havia o desenho de várias armas. Passados alguns minutos folhando o mesmo, Anpu lhe mostra o desenho, que apesar de não ser exato, era muito parecido com a adaga que carregava.

    Anpu - Uma interessante e perigosa arma você possui em mãos minha senhora. Essa é uma adaga ritualística criado por um povo nativo da América do Sul. Ela foi criada com muito sangue de sacrifício pelo que entendi dela, e foi feita para viver em um Templo e ser manuseada somente por sacerdotes escolhidos pelos Deuses de lá. E com isso carregando uma maldição para quem não fosse escolhido.

    É curioso como uma adaga dessas foi parar em Paris, e muito me preocupa quem o fez, e a onde está a irmã gêmea dessa adaga. Que é de prata.
    Nisso ele te mostra outra figura. - O poder dessas duas adagas juntas, poderiam fazer um estrago inimaginável. Folheando ao acaso o livro, ele logo o fecha e guarda, em seguida voltando a falar com Genevieve.

    - Muito cuidado com essa adaga pois há pessoas que pagariam um quantia volumosa por ela, e até matariam para por as mãos nesse poder, pois há pessoas que conseguiriam manuseá-la, e usa-la contra os anciões.

    Quanto menos humano você for, posso estar enganado, maior será o estrago. E já respondendo sua pergunta, o fato de seu carniçal não querer usa-la, nem para o bem e nem para o mau, faz com que ele não sofra as consequências da adaga.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Seg Fev 08, 2021 9:43 pm

    Genevieve observava enquanto os olhos da cobra focavam na adaga disposta sob a mesa, quase com admiração. Quando ele tocou na arma, Genevieve se esforçou para não fazer nenhum movimento brusco e desviar a atenção do Setita para si, porém desviou levemente o olhar em agonia e nojo, pela aparência grotesca dos ferimentos que agora apareciam na mão do ferreiro. A Rosa se lembrou do efeito da adaga na Harpia e em Viggo, e se impressionou com o controle admirável do cainita à sua frente – certamente não estava enganada em sua análise anterior, e este era um ser acostumado com dor e sangue.


    Quando ele começa a falar, os sentidos de Genevieve novamente se fixam no importante: absorver toda e qualquer informação dada a ela, assim poderia retornar com a resposta que o Príncipe aguardava e se livrar do peso e do perigo que a adaga representa. Quando Anpu sinalizou que Louis recolhesse a arma, Genevieve indicou a Louis que guardasse de volta no baú e esperasse na forja, a fim de não deixar sua senhora sozinha. As informações sobre a adaga preocuparam Genevieve, e isto só fez com que sua mente começasse a planejar uma maneira de voltar a Paris com rapidez, no máximo na noite seguinte.


    – “Merci, Monsieur Anpu. Devo retornar à Votre Majesté com as informações dadas pelo senhor. Enchanté” – Novamente fazendo a reverência esperada de membros da Corte, Genevieve dirigiu-se à saída, acompanhada de Louis e da maldita adaga, em direção à Manoir de les Roses Blanches, onde traçaria seu plano de retirada para a França.

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