Waltham Forest

Epping Forest está contida na floresta de Waltham

Situa-se em uma cordilheira entre os vales dos rios Lea e Roding . Ela contém áreas de floresta, pastagem, charneca, rios, pântanos e lagoas, e sua elevação e solo pedregoso (resultado da glaciação) historicamente o tornaram impróprio para a agricultura.

Acredita-se que a floresta tenha recebido o status legal de floresta real por Henrique II no século XII. Esse status permitia que os plebeus usassem a floresta para coletar madeira e alimentos, pastar o gado e produzir porcos para mastro, mas apenas o rei tinha permissão para caçar lá.

"Floresta" no sentido histórico de floresta real significava uma área de terra reservada para caça real, onde as leis florestais se aplicavam, e não significava que fosse necessariamente arborizada.

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Dar um status de floresta real é interessante apenas no papel, um engodo nos tempos modernos,  onde na realidade, ela se tornou algo terrível para alguns Lord que tem bens saqueados de suas carruagens e um paraíso para salteadores e fora da lei.

Sendo um território gangrel e lupino,  é uma área pouco aventurada por cainitas que precisam ter culhões para adentrar o lugar,  este já foi palco de enclave históricos no passado por esses dois espécimes, mas hoje a paz parece reinar sobre uma bandeira de trégua e respeito mútuo, desde que um não cruze o caminho do outro.

Um gangrel conhecido como Rei Hindú parece ser o líder gangrel regional,  mas para alguns ele não passa de uma lenda não mais vista por séculos,  talvez esteja morto ou em torpor, mas sendo como for,  sua lealdade pertence apenas a Mithras e mais ninguém, inclusive a própria Camarilla o abandonou ou vice-versa.

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Ao sul da floresta um grupo de pouco mais de 10 homens e mulheres é visto em torno de uma fogueira, o que lugar parecia sereno. Para alguém com sentido amplo nota que nas proximidades existiam mais pessoas, mas no momento era apenas estes... eles realizavam atividades diversas, dentre tantas havia cozido de legumes com carne de veado que aquecia no fogo.

O Cigano Gangrel, pária de sua sociedade mortal, acabando de acordar em mais uma noite de sua vida de errante e "aventuras", estava a espera de um de seus homens, que fora mandado a procura do tal cigano Vaine o louco, que era amigo de uns contatos que o mesmo tem fora da ilha.

A vinda dele, juntamente com a ausência de Mithras com o fraco do Valerius como Senescal no poder, poderia ser o momento ideal para dar uma bagunçada na vida dos mortais, e quem sabe dos cainitas também, apesar de o Xerife ser de um competência que muito bem poderia estar no lugar do Senescal.

Outra coisa que chamou a atenção, pelo menos um pouco de Rhun, foi os dois que acompanhavam o Ravnos, que haviam falado sem se preocuparem com ouvidos alheiros, sobre espíritos, sobre um tal de carvalho entre outras coisas... Mas isso ele veria outro dia. O que o cigano mais queria agora é saber o que trouxe o pirata para a Inglaterra e como poderia tirar proveito disso, começando talvez pedindo informações sobre o que tem acontecido ao redor do mundo, pois as folhas haviam lhe falado que alguma coisa de errado está tomando forma no mundo.

Bom, mais errado que a própria existência dos cainitas, deve ser um pouco difícil de acontecer. E errado mesmo era a chuva incessante que não deixa seus homens acenderem uma fogueira para eles, por isso passaram todo o dia no frio e molhados, pois sempre havia o que fazer em quanto o mestre deles dorme o sono amaldiçoado, e ficar parado dentro das tendas não era uma coisa que eles podiam fazer. Devido a isso, quando o cainita acorda percebe de imediato o mal humor de seus homens.

Passado algum tempo, talvez umas 2h desde que acordou, tempo esse que ficou ajudando seus homens a fazerem seus afazeres e prepararem para mais uma mudança de local caso fosse preciso, pois sempre estavam em alerta, não com Scotland Yard, que apesar de mortal, era muito competente, mas o medo maior era com os homens do Xerife, o lacaio que Rhun despachou a procura de Vaine chega com o mesmo.

O homem que guiava o pirata, foi costurando a cidade de Londres com uma velocidade incrível, sempre entrando e saindo de becos e ruelas que mal caberia um homem gordo, fugindo sempre das grandes ruas e avenidas. O homem poderia ser um nosferatu com certeza, pois parecia um rato de rua.

Vaine mal consegue parar para olhar nada, pois o homem não parava, não conversava com ninguém, não cumprimentou ninguém, até que por fim saíram da cidade e ele pareceu relaxar um pouco mais, mas mesmo assim foi seguindo por caminhos meio tortuosos, chegando as vezes a dar voltas para chegar ao um ponto de partida e desse ponto pegar outra trilha praticamente invisível a olhos desacostumados, incluindo Vaine, que só via mato e mais mato, e alguns bosques que pareciam ser evitados pelo guia.

Transcorrido mais de 2h de caminhada, chegando a 3h quase, o homem adentra a um bosque não muito profundo, logo assobiando uma sequência de sinais imitando o que poderia ser um pássaro, de tão bem que é o assobio, e ele também procurava por marcas em algumas árvores e encontrando um pano branco, já surrado pelo tempo, ele realmente se acalma, e após ouvir alguns sinais vindo de sabe-se lá onde, vocês chegam ao acampamento do Gangrel.

Vaine ao entra no acampanto, vê + 15 homens fazendo alguns afazeres, como cortar lenha, afiar armas, e alguns que estavam saindo para com certeza patrulhar o perímetro em quanto outras estavam chegando da mesma. Em um canto, parado olhando as estrelas, estava um homem, que pela parca descrição que você tinha do Gangrel, bem que poderia ser ele, e a suspeita é confirmada quando um dos homens o chama de senhor, dizendo que a visita havia chegado e ele se vira para ver seu convidado.

O Room era uma figura diferente,  estava sentado em alguns caixotes coberto por lonas, como se aquilo fosse algo improvisado e próximo de cômodo.

Estava sem seu habitual chapéu,  o que revelava um rosto duro e sofrido,  com diversas marcas e feridas cicatrizadas,  herança de uma temporada humana difícil onde possivelmente era caçado, o que talvez não tenha mudado muito até agora.



Ao perceber que seu convidado chegara o mesmo se levanta, notara que um dos seus homens cercava-o como um cão de guarda, ele estava bêbado e drogado,  pois tinha muita adrenalina vazando por seus poros.

Certamente tentava intimidar Vaine, mas Vaine não seria um tipo comum onde se borraria de medo caso visse 15 homens armados ou o dobro disso.

_Polly... -Dizia enquanto alcançava uma bandeira branca improvisada com um graveto e trapo-

Seus ossos estalam conforme se levanta, e simulava uma respiração calma.

_Respeite meu convidado,  ele só quer beber um pouco e ter um pouco de paz... Não é mesmo senhor Vaine?

O gangrel para poucos metros de Vaine se apoiando na bandeira de paz que trazia. Seus clãs tinham origem cigana e todos ali sabiam disso, talvez alguns mais que outros, talvez por isso se agitavam, mas o que os dois vampiros que estavam no cerne disso tudo sabiam além, é que seus clãs já derramaram muito sangue no passado e talvez por isso o gesto do gangrel em ter uma bandeira de paz falasse mais que mil palavras.

O gangrel sorriu de canto com os esbravejos de Vaine quanto ao lugar que morava, ou se escondia,  mas o que se esperar de um fora da lei como ele? A um bom tempo tributos são pagos a seu clã,  como prova de boa fé, afinal, se algum figurão de Londres quisesse que sua valiosa carga chegasse em segurança do ponto A ao ponto B sem ser violada por ninguém, o gangrel era chamado e assistia a tudo de perto, até que chegasse de fato seguro ao seu destino. Então de certa maneira os gangrel eram úteis e serviam a camarilla e isso se aplica aos nobres da seita inclusive, que tinham parte de seus bens devolvidos se assim desejassem. Então até mesmo o povo Rhomani estava de certa maneira incluso no sistema e estrutura de poder da Camarilla.

_Eu pedi que o garoto tivesse precauções,  não por você,  mas por nós, então achei que entenderia... Se tornar um fora da lei é mais fácil que se tornar um marujo para ganhar a vida,  mas não menos nobre... são apenas formas diferentes de se fazer negócio... tsc.

_Sabe meu amigo... Vamos andar por aí...

Rhun passa pelo adolescente que trouxe Vaine até ele enquanto se dirigia para dentro do bosque.

_Bom trabalho garoto! -Diz enquanto bagunçava o cabelo do rapaz como um pai ou irmão mais velho faria, por fim joga duas moedas de cobre ao mesmo que sorriu e guardou as mesmas no bolso-

Por fim segue seu rumo, e enquanto fita Vaine de lado, diz, colocando uma cartola surrada na cabeça.

_O fato de você ter um cão como animal doméstico e eu ter um animal igual como bicho de estimação, sendo nós dois amigos íntimos,  não impede que seu cão ataque meu cão caso estejam sozinhos em um lugar... claro que isso não afetaria nossa amizade, mas ou eu ou você perderia um animal importante... assim funciona com o rebanho dominado por nós,  então entenda que não é nada pessoal, são apenas precauções que pessoas como nós devemos tomar.

Essa insinuação era clara,  visto que alguns dos homens de Rhun eram ainda humanos e podiam interpretar mal o que seria discutido. Eles pareciam distraídos,  mas estavam mais atentos do que se imagina.

_Você não foi o primeiro ravnos a vim para esta cidade e certamente não será o último,  pois a despeito da fumaça que saem das chaminés das fábricas,  Londres cheira a ouro e riqueza... Bom,  como um mercador que és, você preza pela segurança de sua carga... Não sei se já ouviu falar de mim,  mas eu, já ouvi falar do senhor.

_Alguém que respeito muito me pediu pra cuidar de você enquanto aqui estivesse e eu não pude contrariar este pedido... mas agora que chegou, quero saber se a recíproca é verdadeira?

_Olhe bem para mim,  você vê ouro em meu dente, prata em meus dedos, mas está vendo aquela carroça que passamos a alguns minutos atrás? está longe de ser um Castelo... e estes homens estão começando a ficar nervosos, isso está intimamente ligado a nosso mundo, achei que um forasteiro como você com sangue Rhomani deveria saber... Londres está mudando para pior meu caro e talvez você precise de minha ajuda.

Rhun analisa os truques de Vaine, eram de fato fantásticos, algo que até então só ouvira falar, mas tenta não demonstrar que seus olhos brilhavam com aquilo.

_Conheço alguém que mataria você por efetuar esses truques de salão, mas bem,  não importa o quanto eu tente,  não consigo achar ele, então,  foda-se,  só tenhas cuidado com isso. Nem mesmo a soma de seus dedos e os meus contatos juntos em centenas daria a idade dele... esse território era seu antes de me criar.

Conforme a conversa se desenrola os olhos do gangrel se mostram vermelhos como esmeralda, enquanto involuntariamente suas presas são expostas, onde por fim um sorriso macabro se expôs.

_Em momento algum eu citei sobre guerras entre seitas... Você sabe de algo que deveria saber?

Por fim estala o pescoço inspirando profundamente enquanto ajusta o seu chapéu, segurando pela aba do mesmo.

Não parecia disposto em conversar sobre sua família, então simplesmente ignora a pergunta que é feita sobre envolver ou tornar parte disso, mas não se mostra indisposto em ceder sua força militar para seguir com seus propósitos. Sendo como fosse,  era um ser discreto e talvez até mesmo orgulhoso do que tinha.

_Troca de favores hein? Certo filha da puta,  parece um bom preço pra mim!

_De que precisa por hora?  Posso avaliar se ao menos nossas ambições são compatíveis se resolver abrir a boca... Nem tudo se resolve com truques de pedrinhas mágicas.

O vampiro grane quando nota que Vaine não diria nada se não desse algo palpável para acreditar:

_Marja, quando te ver de novo vou quebrar seu lindo pescoço!  -diz baixo em um tom soturno-

_ Bom,  quando chegar o dia,  se chegar,  pretendo me vingar de certos bruxos que resolveram dar as caras por esta cidade,  espero que não tenha medo de feiticeiros!

O membro do clã gangrel  sorriu de canto com o que Vaine disse,  tamanha era a besteira e rezava aos deuses em agradecimento por ter levado Mithras e o rei Hindú está ocupado demais em uma busca ativa.

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Quando questionado sobre um acordo que lhe pareceu justo,  o gangrel leva a sua mão próximo a boca e cospe, após isso estende a mão para um aperto.

_Se passarão cem anos e passarão mil e nem as águas mais límpidas poderão desfazer essa aliança -sorriu por fim- você sabe que nem todo bom pacto precisa ser assinado com sangue... não gosto tanto de você a ponto de selar um matrimonio, são apenas negócios e isso deve bastar...

_Contudo... -eleva o indicador ao ar como se lembrasse de algo-

_Que os vermes debaixo da terra sejam testemunhas,  assim como as aves do céu e todo animal que rasteja por esse bosque e se esconde na sombra da noite.

Após o aperto de mão cigano estaria disposto a ouvir o que Vaine tinha a dizer.

O vampiro conforme ouvia o que Vaine dizia, faz cara de poucos amigos e tal qual Vaine,  limpa a saliva em um lenço vermelho que tinha no bolso,  guardando o mesmo após isso.

_Acho que eles não seriam insanos em preparar qualquer ritual em seu navio,  então suponho que "baixaram terra" para fazer isso!

_Maldição... -Diz sacando um relógio de bolso feito de prata, parecia fazer alguns cálculos-

Segurando firme na bandeira de paz que trouxe consigo no início do encontro,  o mesmo diz:

_Caso esteja disposto a falar comigo coloque um pano branco semelhante a este  na proa de seu navio!

_Vamos voltar ao acampamento, pedirei ao menino que te leve de volta...

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Chegando no local desejado, perscruta em busca do adolescente mais rápido que detinha. Arrasta o mesmo até um local seguro e discreto.

_Leve o senhor Vaine até onde desejar,  e espalhe a notícia a nosso povo nas ruas; prostitutas,  cartomante, batedores de carteira,  ou simplesmente vadios... Diga sobre um homem eslavo, acompanhando de belas mulheres,  mas pode ser que tenham se separado e estejam andando em pares ou trio, todavia são figuras incomuns por aqui!

_A recompensa é 2 peças de prata, o preço se dobrará se me entregarem a localização exata nas primeiras 3 horas.

Espera o garoto juntar seus pertences e no instante que fica só com Vaine conclui:

_Vou acompanhar vocês para que realmente chegue em segurança até seu destino.

O Gangrel retorna rapidamente ao seu bando, e já começam os preparativos para se mudarem de forma urgente. Uma possível guerra estaria a caminho, e Rhum precisava proteger seus familiares conforme havia prometido, pois eles eram o ponto fraco do cainita.

Em meio aos preparativos, já praticamente saindo do velho acampamento, uma chuva chega de forma tão violenta, que faz com que todos se dirijam para o melhor lugar possível, que era para dentro de umas cavernas mais próximas que haviam ali.

Rhun já havia pensado em explorar, ou melhor, um dos meninos recentemente havia descoberto as cavernas, e quase se perdeu dentro delas, pois falou que havia tantos corredores lá dentro que poderia facilmente ser um labirinto, uma armadilha para qualquer um desavisado. Mas Rhun em sua sabedoria também pensou no contrário. Poderia ser um ótimo abrigo e de repente agora era o momento de conseguir explorar, pois a chuva iria pagar quaisquer sinais de presença da área, e se as caverna houver outras entradas e saídas, poderá ser realmente um excelente refúgio prolongado e até mesmo permanente se for possível.

O líder do bando olha para o garoto e ajusta o chapéu lhe fitando os olhos e emitindo um suspiro.

_ATENÇÃO MULHERES E CRIANÇAS,  levem o que conseguirem carregar sem se prejudicar, os homens e eu cuidaremos do resto!

_Jhonny -o menino- Cuidará para que cheguem dentro da caverna em segurança, peço que as mães não desgrudem os olhos de suas crianças, evitem se afastar ou adentrar a caverna mais que o suficiente... de todos os lugares que conheço este é um dos poucos que não aventurei, mas foi o acaso que nos trouxe aqui, então é aqui que vamos ficar.

_Informações que sei, é que esta possui diversas saídas e entradas em um labirinto sem fim, dentre estas uma que dá a estrada antiga que usamos em inúmeros contrabandos e mais adiante nesta direção temos mais uma entrada que não pretendo me arriscar hoje por conta do mau tempo...

_Pois bem, ao chegarem lá preparem uma fogueira, isso ajudará a espantar animais... Naquela carroça ali temos o suficiente para 3 dias de madeira e combustível... homens,  essa deve ir primeiro! -Diz iniciando o plano e botando a mão na massa enquanto prepara para içar a que citou a poucos-

_VAMOS LÁ!

Billy Ás-da-Faca e Frank Caolho se aproximam para ajudar, mas o líder dispensa ambos.

_ Vocês dois não, vão com as mulheres e Jhonny Ligeiro, Precisamos de caras casca grossa para garantir a segurança deles caso tenham problemas... Deixa isso aqui com a gente, vamos resolver tudo!