London Victorian Age

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Quando um homem se cansa de Londres, ele está cansado da vida; porque há em Londres tudo que a vida pode trazer. - Samuel Johnson


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    Mensagem por Night's Lord Qui Dez 24, 2020 9:19 am

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    A Mansão das Rosas Brancas, é o lar de todos os Primigênies do clã Toreador de Londres e um refúgio a qualquer Toreador da cidade, além é claro de ser um local onde muitos artistas são reunidos. Poetas, pintores, escultores de mármores entre outros, pouco importando se são Vampiros ou não.

    A Mansão é fortemente protegida por guardas altamente treinados, contando com várias armadilhas ao seu redor, e até mesmo há rumores de feitiços de proteção, apesar de ninguém ter provado isso ainda.
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    Manoir de Roses Blanches Empty Genevieve

    Mensagem por Night's Lord Qui Dez 24, 2020 9:43 am

    Genevieve chega a Mansão das Rosas brancas, e logo vê o porque do nome. O prédio era todo branco, mas em seu entorno havia uma cacofonia de cores fazendo contraste com a cor do prédio. O branco é a cor principal da vida de qualquer artista quase, pois além de combinar com tudo, ele também poder a base qualquer coisa, pois uma "tela em branco" aceita qualquer coisa.

    No caminho até a mansão, Henriqueta parecia dar pouca atenção a Richard, focando exclusivamente em Genevieve, e Richard parecia não se importar com isso, e isso já dava uma ideia a Genevieve sobre o comportamento de sua anfitriã. Anfitriã que não parava de falar sobre Londres e tudo o que ela tinha feito e sobre os planos que ela tinha para lidar com o fraco Senescal (nisso Genevieve concordava).

    Genevieve também havia sentido essa fraqueza, mas mesmo pessoas fracas podem vir a ser perigosas, ainda mais quando estão no trono de uma das cidades mais importantes do mundo, então não seria tão simples lidar com ele.

    Outro que não seria fácil lidar, mas mais por questões pessoais do que periculosidade talvez, seria o grosseiro Pirata, pois ficou nítido que o anel ao qual usava é importante, apesar de parecer que ele não sabe do que realmente se trata, mas por ter chamado a atenção de Henriqueta e pelas reações dela, o anel é algo importante e isso deixou a Toreador recém chegada curiosa com aquilo, ainda mais pelo fato da Primigenie não tocar uma vez se quer no assunto durante a viagem. Talvez fosse pela presença de Richard e de Louis, que apesar de ser carniçal de Genevieve, para a anciã das Rosas, ele não não parecia digno.

    Quando chegam no palacete, logo todos são levados aos seus respectivos quartos, sendo Richard levado a uma outra ala do prédio.

    Genevieve tinha muito o que pensar. Agora tinha uma noção do porque de Villon não ter falado nada a ela, sobre falar da adaga a Henriqueta, e nem ter escrito nenhuma carta também. A Ganância da mulher era enorme e com um objeto daquele em mãos, o estrago poderia ser grande.

    Mas tudo isso tinha um lado positivo. Genevieve não teria tanta dificuldade em construir seu nome na cidade e fazer seus jogos políticos. Quem sabe não fosse a hora de finalmente Louis se transformar em um cainita de vez.

    =========================== Fim de Noite ===========================

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    Mensagem por Night's Lord Qui Dez 24, 2020 9:53 am

    Richard pouco se importa em ser deixado de lado pela Rosa. Na verdade para seus futuros planos, era até melhor que fosse deixado de lado. Mas mesmo não se importando com a Primigênie e com seu falatório todo, o Malkav não podia deixar de notar o quanto gananciosa e narcisista ela era, superando e muito a Genevieve.

    Mas no momento, os pensamentos do Malkav estavam em Vaine e seu anel. A Anciã Toreador reconheceu o anel, e o interesse e desgosto mútuo do mesmo só serviu para deixar Richard mais curioso, pois as Rosas eram conhecidas por lidares com as fadas, e Vaine tinha uma áurea de fada, será então que era coisa daquele anel? Será que aquele anel tinha alguma coisa a haver com as fadas? Seria ele algum tipo de emissário? Que segredos ele esconde com aquele anel?

    Será que ele poderia ser um aliado? Será que poderia usar para seus planos para gerar o caos na cidade? Talvez... Mas Richard teria que deixar seu orgulho de lado.

    Quando ele viesse para a mansão, o que era certo que faria, visto a Primigênie ter se interessado pelo pirata, Richard poderia começar seus planos. A espada irá se erguer e irá furar e cortar tudo e a todos. O caos se instalará e os Deuses se divertirão novamente.


    ===================== Fim de Noite ===============================
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    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 8:46 am

    O Malkavian acorda e por um momento se sente perdido ao não ter uma noção de onde estava, pois apesar de não estar em um dos quartos mais luxuosos da mansão, Richard nunca havia dormido em um quarto tão grande e cheio de mobílias. Mobílias essas que quando o soldado vai dar uma olhada, há uma bilhete com os seguintes dizeres:

    Bilhete: - Há roupas do seu tamanho monsenhor, espero que goste.

    O bilhete nada mais era que um pedido que se trajasse de acordo com os costumes da mansão. Por que não? Já que assim Richard poderia passar mais desapercebido entre os moradores e frequentadores da mansão.

    Usando auspícios em tudo, o cainita percebe que nem todos são vampiros, alguns são humanos, que muito provavelmente possuem algum dom artístico, outros são visivelmente lacaios e carniçãis.

    Poucos dão uma atenção maior do que um bonsoir, e logo voltam aos seus afazeres, principalmente os lacaios e carniçais. Alguns vampiros ali nem boa noite lhe dão direito, fingindo que você nem existia quando passava por eles.

    No geral era uma mansão bastante movimentada e decorada com muitas estátuas, lustres e móveis da mais fina madeira, além de alguns brasões ricamente decorados em tapeçaria pendurados em algumas paredes.
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    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 9:37 am

    Genevieve acorda em seu luxuoso quarto, luxo esse que sempre viveu, mesmo quando humana ainda, mas o que lhe chama atenção agora que estava com mais tempo para observar era a decoração do quarto e as roupas que haviam para ela usar. Era como se tudo tivesse realmente sido decorado e feito para ela usar, confirmando então que os planos de mandar a toreador para Londres não era tão recente assim quanto ela imaginava.

    As poucas roupas que trouxera de Paris estavam todas passadas e arrumadas também com outras roupas, e em cima da cabeceira havia uma carta, que era um convite para Genevieve se dirigir ao salão principal onde seria apresentada de maneira mais formal a toda a mansão.

    Em seu caminho para o grande salão Genevieve observa com atenção o requintado gosto da Primigênie Toreador. Mármores Carrara, Ônix e outras pedras caríssimas compunham estátuas e pilares nos corredores e alguns pequenos salões, além é claro de quadros famosos e outros nem tanto, mas muito bem pintados.

    No grande salão havia mais estátuas, estatuetas, quadros e no fundo do salão uma tapeçaria com um brasão da família de Henriqueta. O Brasão dos Plantagenetas.

    Absorta com toda aquela rica decoração, Genevieve nem percebe Richard passando pela frente do salão, pois bem vestido como estava, a Toreador poderia muito bem ter acreditado que era alguém do público frequente da grande mansão. O mesmo pareceu não nota-la também.

    Após alguns minutos, Henriqueta aparece e cumprimenta Genevieve com toda a pompa exigida pelas frescuras da nobreza.

    Henriqueta: - Bonsoir mon cherrier! Espero que tenha dormido bem e apreciado o seu quarto. Decoramos ele com todas as orientações que mdme de Champagne nos mandou.

    Seja bem vinda a mansão da Rosa Branca. Esse é o lar de nossa família há séculos e séculos. Aqui abrigamos artistas famosos ou a caminho da fama, que precisam de um patrono, além de abrigarmos algumas famílias mais humildes para que possam cuidar de toda a limpeza e manutenção de nossa mansão. Por isso tentamos manter a máscara o melhor possível e é proibido se alimentar deles.

    Mas poderá se alimentar de nossos lacaios, os que usam perucas pretas. Eles estão acostumados com isso, e também temos membros que são especialistas em medicina humana, só para manter nosso rebanho saudável para nunca nos faltar alimentos.


    Para Genevieve tudo aquilo fazia sentido. Humanos eram rebanho mesmo e nobreza não deveria realmente se misturar com a plebe. E o não avistar de Richard, também agrada um tanto quanto a Toreador.

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    Mensagem por Genevieve de Clermont Seg Jan 04, 2021 6:18 pm

    Genevieve acordou com a mente afiada, traçando os detalhes do ocorrido na noite anterior e elaborando planos de como lidar com a sociedade londrina. Enquanto esperava as criadas adentrarem o quarto, ponderava sobre a fraqueza do Senescal – e as implicações que isto traria à sua estadia na cidade, visto que Madame Henriqueta era uma mulher de ambição quase palpável e, na certa, estaria interessada no cargo. Lembrou-se também do presunçoso pirata e, principalmente, da reação de Henriqueta ao avistar o anel... Aparentemente, o próprio portador não sabia da importância do objeto que carregava. Guardou a informação para uma conversa posterior com sua anfitriã, mas decidiu não apressar o assunto agora – afinal, ainda precisava ganhar a confiança de sua companheira Rosa.

    Quando as criadas finalmente adentraram o aposento, a mente de Genevieve já havia devaneado para os detalhes do aposento – predominantemente branco, com detalhes vermelhos e pequenas rosas entalhadas na mobília. Ela reparou que as criadas não eram todas servas para serviços domésticos: algumas utilizavam uma peruca preta e se comportavam diferentemente das outras, assumindo as tarefas relacionadas diretamente à Genevieve: preparando banho, despindo-a, cuidando de suas roupas. Estas criadas pareceram não estranhar a frieza da pele da jovem, e este detalhe não lhe passou despercebido. As servas que se ocuparam da arrumação do quarto sequer olharam na direção do rosto de Genevieve, um gesto de respeito à nobreza que indicava que eram plebeias bem treinadas e possivelmente ignorantes em relação à verdadeira natureza de seus senhores. As criadas, por outro lado, mostraram-se ansiosas na presença de Genevieve, como se esperando alguma ação da jovem Rosa – até decepcionadas, de alguma forma, pela falta de determinada ação. Após banhar-se, escolheu um vestido que honrava a decoração de seus aposentos: vermelho como vitae fresca. Uma das criadas apresentou-lhe uma carta, que estava sob a cabeceira da cama. Nela, Henriqueta a convidava formalmente ao salão principal, onde seria apresentada oficialmente à Casa. Dirigiu-se então ao corredor, sem destinar sequer um olhar para o esconderijo da adaga.

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    O caminho para o salão principal era um deleite para os olhos de qualquer Rosa – e o salão em si indicava perfeitamente o status e a pompa de Henriqueta. Encontrando sua anfitriã, fez uma reverência por respeito à sua posição na Corte, exibindo toda a sua educação e comportamento impecáveis dentre os nobres.

    Bon soir, Madame! A mansão da Rosa Branca é, definitivamente, breathtaking. Estou impressionada e deveras grata pela atenção que madame dedicou a meus aposentos: estão impecáveis, e muito me recordam meus aposentos em Champagne. – Genevieve falava em um inglês fluente e aparentava nada além de admiração. Após a explanação de Henriqueta, finalmente entendeu o que as criadas esperavam dela: de certo, esperavam que ela se alimentasse. Como Louis não estava à vista, decerto ainda resolvendo a situação com o Padre, resolveu alimentar-se de alguma criada mais tarde, embora nenhuma delas lhe apetecesse muito, devido ao seu gosto por jovens rapazes. Continuou conversando com sua anfitriã: – Há alguma ocasião em especial que requeira minha atenção nesta noite, Madame?
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    Mensagem por Night's Lord Ter Jan 05, 2021 4:27 pm

    Genevieve assim como muitos outros que nunca estiveram em Londres, só haviam ouvido falar das brumas londrinas, então não sabiam como ela poderia realmente ser uma cortina de névoa a ponto de pouco se enxergar nas ruas, principalmente perto do rio, ou ser uma leve bruma que deixava a cidade mais humidade e um pouco mais misteriosa.

    Em quanto ouvia as explanação da anfitriã, Genevieve percebeu a presença da famosa bruma, mas ela pareceu ser a única a se importar.

    Henriqueta parecia não ter planos a recém chegada ao que parecia, pois explicou tudo o que podia, e ao ouvir sua pergunta, ela sorri e lhe diz:

    Henriqueta: - Oh não ma cherrie, para essa noite infelizmente tenho uma reunião com outros membros da primigenie, justo essa noite que o jovem William Wordsworth* virá aqui recitar seus lindos poemas. Ah se eu pudesse não ir na reunião... me derreto toda quando ouço o jovem William... até já pensei em torna-lo meu lacaio, mas aí poderia estar arruinando todo o potencial que ele poderia ter...

    Mas ma cherrie, aproveite-o por mim. Depois vou querer saber a sua opinião sobre o talento dele, e amanhã talvez eu o leve ao Elisium para que mais pessoas possam aprecia-lo, e também para você poder ir conhecendo mais o Elisium e seus frequentadores.


    Mais falso que pirita, esse era o lamento de Henriqueta de não poder ficar para ir na reunião. Ela até realmente mostrou certa paixão sobre o poeta, o que lhe atiçou a curiosidade, e logo em seguida de Henriqueta lhe deixar, uma carta é entregue por uma das criadas de peruca preta. Imediatamente sendo reconhecida pela Toreador, como sendo as letras de seu amado Louis, e ele realmente estava provendo ajuda aos monges que tiveram o navio queimado, e também lhe informa que tinha descoberto outras coisas interessantes, mas que preferiria tratar pessoalmente.

    Genevieve então se via "só" naquele imenso salão, solidão quebrada somente pelo barulho da afiação de alguns instrumentos de corda que provinham do belíssimo jardim da mansão, que como tudo na mansão parecia também uma obra de arte. As flores de cores diferentes foram plantadas a ponto de formar um mosaico bastante complexo, e em alguns casos uma área grande foi plantadas somente flores de mesma cores, sendo as mais altas plantadas nas beiradas e mais baixas e escuras no centro, formando um degradê tanto de cores tanto de altura das flores.

    Genevieve se pega olhando a cada pedaço do jardim, esquecendo momentaneamente Louis. Essa complexa obra de arte, talvez uma das mais bonitas que a Toreador já vira, lhe encantava a tal ponto que começou a andar pelos jardins, tocando as plantas, sentindo o cheiro delas, parecendo mais com uma pessoa que tivesse entrado em transe com tanta beleza e fragrância.
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    * William Wordsworth (Cockermouth, 7 de abril de 1770 – Rydal Mount, 23 de abril de 1850) foi o maior poeta romântico inglês que, ao lado de Samuel Taylor Coleridge, ajudou a lançar o romantismo na literatura inglesa com a publicação conjunta, em 1798, das Lyrical Ballads (“Baladas Líricas”).
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Ter Jan 05, 2021 5:15 pm

    A conversa com Henriqueta fora esclarecedora, porém levemente decepcionante. Não agradava à Genevieve estar improdutiva, pois sabia que havia muito ainda a fazer em Londres. No entanto, seu semblante não demonstrava o menor sinal de aborrecimento: agradeceu o tempo para se acostumar à Mansão e ao tempo de Londres, além de se deleitar com as poesias do estimado poeta. Se atentou, também, ao detalhe da reunião – certamente algo de importância, mas que fugia das possibilidades de Genevieve no momento. Decidiu, então, aproveitar a Noite para aprender um pouco mais sobre sua anfitriã, através das Artes que ela cultiva.

    Louis estava, como esperado, lidando com os assuntos relacionados à sociedade humana, o que era necessário para manter a máscara e a protegia dos olhares da Inquisição – que, mesmo não atuante na cidade, era claramente presente. Não se preocupando mais do que o necessário com o carniçal, resolveu iniciar seus estudos pelo Jardim, já que fora atraída pela estranha bruma que parecia cobrir o local.

    As flores coloridas formavam um quadro curioso quando misturadas à névoa, que dava a sensação de gotas prateadas cobrindo cada pétala. Aproveitava o tempo para traçar estratégias quanto à Henriqueta, pois gostaria de ser incluída na sociedade cainita o quanto antes, porém via-se distraída pela beleza do cenário. Enquanto analisava a paisagem, Genevieve foi se dirigindo para a origem do som de instrumentos sendo afinados, curiosa para descobrir quem mais estaria vagando pelo local.
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    Mensagem por Night's Lord Ter Jan 05, 2021 6:57 pm

    La bella Rose caminha pelos jardins perdida em pensamentos até que ouve os instrumentos de corda sendo afinados, tirando-a do despertar de um sonho colorido, para quem sabe logo entrar em um outro.

    A humidade de Londres era estranha para Genevieve, pois tudo parecia meio molhado, meio viscoso até, mas era inegável que proporcionavam um brilho extra as plantas. Agora estaria curiosa sobre o que essa humidade faria com os instrumentos, e é justamente nesse momento que um belo homem chega caminhando até você e diz:

    Mormont: - Não se preocupe com as violas e violinos, eles são produzidos de maneira a não desafinar perante a humidade Londrina. A não ser é claro quando as brumas ficam densas demais, aí não há instrumento que aguente.

    Muito prazer mademoiselle de Clermont, me chamo Xavier Mormont, um habitante da mansão das rosas brancas, ao seu dispor. Percebi o seu encanto pelo nosso belo jardim e fiquei com receios de perderes os belos sons que nossos músicos são capazes de fazer, além é claro do jovem Poeta Willian, que como Henrique já deve ter falado, tem um futuro muito promissor.

    A mansão tem muitos mistérios a serem "desbravados", por isso devemos tomar cuidado quando somos novos na mesma, ou podemos cair na formosa armadilha da mansão.


    O homem tinha uma idade aparente de uns 20 anos, mas algo dizia a Genevieve que ele era mais velho do que ela, e ele poderia muito bem ser uma das armadilhas da mansão.

    Juntos os dois Toreadores se encaminham até um local nos jardins onde havia várias mesas e cadeiras espalhadas, cada uma decorada de um jeito, que vista de longe pareciam uma rosa, já que estavam dispostas a formarem o formato de uma rosa.

    Em frente a essa disposição de mesas e cadeiras ficava um pequeno palanque feito de madeira branca pura, sem nenhum ornamento. Algo inusitado até então.

    Quando o conjunto começa a tocar, a bela Toreador consegue comprovar com os próprios ouvidos o belíssimo som dos instrumentos, e naquele jardim, cercado por tanta beleza natural com a bruma dando um toque sutil a mais nos mistérios da mansão, Genevieve é pega pensado nos prazeres de ser cainita, de tudo o que já viu e tudo o que ainda poderá ver e apreciar, e algo naquelas notas lhe faziam lembrar de alguma epopeia grega, que talvez tivesse lido em algum livro ou ouvido alguém recitar...
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    Mensagem por Richard Soleil Ter Jan 05, 2021 10:29 pm

    Richard, como de sua preferência, é deixado a margem das conversas das rosas, o que lhe permite observar, tanto os arredores e a estrutura do palacete, quanto a postura e movimentos de toda companhia.

    A anciã Toreador honrava a alcunha de seu Clã, mas somente os, verdadeiramente, atentos poderiam ver os espinhos que as belíssimas pétalas, daquela rosa, ocultavam... Seus movimentos, pra exagerados, ora contidos, eram, perfeitamente, calculados, para ocultar sua sagacidade e inteligência, com um falatório pomposo e egocêntrico. Mas Richard não enxergava nela, uma afetada dama da nobreza, não... Ela era uma leoa, rodeando e cercando a presa, enquanto afia suas garras e prepara suas presas.

    A mansão era deslumbrante, apesar de monocromática... Porém, era mais bela do que qualquer uma das residências que Richard visitara, protegera ou, até, invadira, tanto na vida quanto na não vida.

    Os aposentos que lhe foram dispostos o deixaram em deslumbre. Nem nos seus sonhos de riqueza, conseguira imaginar tamanho luxo e requinte. E, ao despertar, apesar de se sentir contrariado, a gratidão era imensa, pelo presente concedido. Apenas, teve de fazer um ajuste. As roupas, diferentemente, das suas, não foram adaptadas para ele, então, com o mínimo conhecimento que tinha de costura, apenas de observar, pediu desculpas à Annabelle e prendeu a preciosa boneca dentro do forro. Satisfeito por não estragá-la. Saiu e foi fazer o reconhecimento do local.

    A arrogância, tão características do Clã das rosas, não o incomodava. Na verdade, ser ignorado, o deixava mais confiante para explorar o local e suas dependências, assim como seus ocupantes, sem ser interpelado a todo instante.

    Os ofícios e as estruturas o deixavam, até certo ponto, envergonhado, por seu grosso e escasso conhecimento sobre as artes. Ouvira comentários sobre um futuro recital de cordas que, possivelmente, atrairia toda a audiência da residência das Rosas Brancas.

    Ao ouvir os acordes dos artistas se dirigiu para fora, foi quando notou as brumas...

    Isso despertou um medo repentino, que trouxe lembranças ácidas ao soldado.

    "Mon Dieu! As brumas! Foi assim que aqueles seres cercaram, Viggo e a mim. E, também, a Zaz!!!" - as recordações do ocorrido em Paris, vieram a tona, como a lembrança de um terrível pesadelo. - "Tudo faz sentido! Aquele homem que finge ser um cainita, a terrível sensação que tive em sua presença e, agora, as brumas... AS MESMAS TERRÍVEIS BRUMAS! As fadas nos seguiram até Londres, para reaver seu artefato maldito!" - Richard já se encontrava a beira de um Rotchrëk, quando seus pensamentos focaram numa figura, perambulando pelo jardim, despreocupadamente...

    Era Gennevieve. A doce e bela, Gennevieve.
    Ela estava em meio as brumas e os jardins. Exposta a um ataque das terríveis criaturas dos sonhos (neste caso, pesadelos).

    Richard pensou em gritar para que a donzela recuasse, mas viu alguém se aproximar dela. Era um dos residentes. Não sabia nada sobre o cainita, mas num ataque, talvez, as criaturas optacem por eliminar a maior ameaça antes da delicada Gennevieve.

    Richard aproveitou-se do véu frágil que a noite proporcionava, nos cantos do jardim para vigiar Annabelle, ou melhor Gennevieve, enquanto se mantinha em alerta quanto a qualquer movimento ou coisa que surgisse das brumas, apertando suas vestimentas, na altura do coração, com uma das mãos e o punho de sua adaga com a outra.

    "Nunca mais, me pegarão desprevenido, monstruosidades dos sonhos! Eu protegerei Annabelle contra qualquer um que intente seu mal! Mas, talvez, seja melhor levá-la daqui para a corte de Villon, onde estará junto de seus aliados e compatriotas. Talvez eu deva eliminar Henriqueta para podermos partir sem represálias... Ou talvez, entreguemo-lhe a adaga e, enquanto agoniza, fugimos, para longe de seus sonhos de poder e dominação, e da ameaça do homem fada e seus monstros aliados... Aposto que aquele anel tem poder semelhante ao da adaga, por isso, a anciã Toreador se impressionou ao vê-lo. Como eu queria que Viggo estivesse aqui!" - mais uma vez, vítima da maldição de seu Clã aliada com sua falta de conhecimento místico, Richard procura se proteger de inimigos ocultos e proteger quem lhe é caro...
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Ter Jan 05, 2021 11:51 pm

    Genevieve ainda admirava as belas flores quando foi abordada por um jovem rapaz, aparentando a mesma idade que ela, porém que exalava uma aura antiga, certamente mais antiga que a da própria cainita. Ela estudou as feições do desconhecido por alguns segundos antes de atentar-se à suas palavras: Não eram uma ameaça, e sim um aviso – a Mansão das Rosas estava longe de ser um lugar seguro e confortável, e Genevieve deveria ficar atenta. Isto fez a mente da Rosa se afiar mais uma vez e focar nas informações recebidas de Henriqueta mais cedo. Uma reunião de Primigenies seguramente não era algo trivial, e Genevieve se perguntava se sua chegada já estava afetando a Primigenie Toreador. Afinal de contas, seu status e o fato de ser enviada diretamente por Villon e por Hélène la Juste são fatores fadados a atrair a inveja de Henriqueta. Sabia que seus próximos passos deveriam ser deveras cautelosos, a fim de provar seu valor e se livrar de tramoias de sua anfitriã. O cainita a sua frente poderia ser uma valiosa fonte de informações, se Genevieve dançasse conforme a música que agora soava plena pelo jardim.

    Enchantée, Monsieur Mormont. – Genevieve fez uma cortesia e esticou a mão para ser beijada, como era costumeiro. – Não há necessidade de me tratar por Mademoiselle, você pode me chamar pelo meu nome: Genevieve. – A cainita mostrava graça e um flerte contido, algo corriqueiro em conversas de Rosas. Ela aprecia a música por alguns minutos, e faz menção de se aproximar de uma das mesas. – Se juntaria a mim para apreciar esta bela melodia? – Ao virar-se, avista um Richard irreconhecível, vestido com trajes adequados para o local, e portando um semblante atribulado. Faz uma cortesia ao mesmo à distância e sorri, como se acalmando o companheiro de viagem, e volta a se concentrar em Xavier.

    – Vejo que está muitíssimo mais ambientado na cidade do que eu, claramente. O tempo aqui é sempre tão... misterioso? – Diz, aparentemente distraindo-se com as brumas que a cercavam, antes de completar: – Certamente poderia me falar um pouco mais da sociedade cainita londrina?
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    Mensagem por Night's Lord Qua Jan 06, 2021 10:14 am

    O belo Toreador se junta a Genevieve a uma das mesas e começam a apreciar a bela melodia do som das cordas.

    Em quanto escutavam a música, havia pequenas conversas paralelas, nada além de alguns sussurros para não atrapalhar a orquestra. Isso seria uma ofensa gravíssima naquela mansão e em qualquer teatro que estivesse passando alguma peça ou tocando alguma orquestra.

    Mormont vendo que Genevieve estava mais interessada em saber sobre a cidade e pouco apreciando a melodia das cordas, ele fala baixinho e pouco movimentando a boca:

    Mormont: - Fique tranquila ma cherrie, a reunião com os membros da Primigênie não é nada além de algumas formalidades onde irão avaliar o desempenho do Senescal e debater outros assuntos importantes da cidade. Essa reunião acontece sempre 3x ao ano, a cada 4 meses. Já acontecia antes de Mithras sair por aí e deixar a cidade na mão de Valérius, e a coorte decidiu manter.

    É lógico que nos últimos 10 anos isso vem sendo um jogo político onde um tenta minar o poder do outro, mas as raízes de poder aqui na cidade são fortes demais. Mas há rumores que as coisas poderão tomar outro rumo em breve talvez, principalmente devido a vinda de um Tremere para a cidade. Não que o senhor Mendeley seja uma pessoa ruim, mas havia um pacto antigo na cidade que em quanto os Tremere estivessem fora da ilha, os Gangrel e também os Nosferatu, principalmente as Bestas, dariam total apoio ao Cetro. Valerius quebrou esse acordo e agora há rumores da retirada do apoio deles. Se isso acontecer, acho que Valerius cairia na mesma hora e Sir Ian da Cornualha, o mais velho Ventrue na cidade depois de Mithras talvez, tomaria o trono a força. O que seriam ruim, bem ruim.

    Por isso tenho opiniões contrárias a Henriqueta, mas aqui deve-se esconder opiniões contrárias. Elas não são bem vindas e quem as proferi, normalmente o preço é alto. Por isso muitos de nós hoje em dia, vivemos mais com os mortais e suas obras do que com os nossos.


    Após essa ligeira explanação das coisas, Mormont fica quieto, fechando os olhos e tamborilando com os dedos ao ritmo da música, que parecia conhecer muito bem.

    Acompanhando a isso, as brumas pareciam ficar um pouco mais densas do que mais cedo, mas isso parecia ainda não incomodar ninguém ali presente, mas aos ouvidos afinados da Toreador francesa, as notas dos instrumentos começaram a sair um pouco do tom normal. Nada que realmente estragasse a música, ainda mais por estarem ao ar livre e não em um concerto dentro de um teatro ou outro local fechado.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Qua Jan 06, 2021 3:26 pm

    Genevieve mantinha uma expressão de admiração aos músicos, enquanto disfarçadamente prestava atenção nas palavras de Xavier. Sua mente estava aguçada, expandindo seus sentidos para captar quaisquer tipos de informação ou ameaça, enquanto seu olhar vagava periodicamente aos outros presentes no espetáculo: cainitas, em sua maioria, com exceção dos músicos e de alguns poucos artistas presentes por ali – avistou um poeta, aparentemente absorto na música como se estivesse delirando, e um pintor, que havia descoberto sua beleza e estava pintando-a cercada pelas flores do jardim (Auspícios I – Sentidos Aguçados e Auspícios II – Percepção da Aura). Dedicou um sorriso radiante ao pintor, pois ficava satisfeita ao ser admirada, e voltou sua atenção para os músicos, que pareciam esperar que a plateia interagisse. Considerando os olhares curiosos dos cainitas presentes, virou-se para Xavier, portando a confiança que sua aparência lhe proporcionava, sorriu e comentou em tom baixo, a fim de não atrapalhar a música, porém suficientemente alto para que os cainitas mais atentos à conversa ouçam:

    – “Milord, of course I accept to waltz with you” disse à Xavier, sabendo que ele entenderia suas intenções. “Afinal de contas, seria une tragédie desperdiçar esta melodia.”

    Começaram a valsar pelo jardim, e logo foram seguidos pelos outros presentes, para a satisfação da orquestra. O movimento da valsa, bem como a distração causada pelo ato de dançar em si, proporcionavam aos dois alguns momentos para trocar informações sem que fossem observados de perto.

    – “A reunião da Primigênie é sem dúvida interessante, Milord... O que sabemos sobre os Primogênitos?”
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Qua Jan 06, 2021 4:19 pm

    OFF: Auspícios II (empatia + percepção)
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    Mensagem por Night's Lord Qua Jan 06, 2021 4:19 pm

    O membro 'Genevieve de Clermont' realizou a seguinte ação: Lançar dados


    'd10' : 3, 4, 9, 3, 2, 10, 7
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    Mensagem por Night's Lord Sex Jan 08, 2021 12:15 pm

    Um convite inesperado, mas não inusitado pois as rosas adoravam dançar. E com elegância, Mormont segue os passos de Genevieve, que logo são seguidos por outros ao redor alegrando os artistas que se empolgaram um pouco mais e compensando a pequena desafinação.

    Ao ouvir a pergunta direta da bela francesa, seu parceiro de dança fecha um pouco o semblante, mas logo volta a sorrir. Foi um gesto involuntário que passou tão rápido quanto um piscar de olhos. Se Genevieve viu, talvez outros possam ter visto também, afinal os Toreador não são somente meros apreciadores das belas coisas, mas também hábeis políticos.

    Mormont - Pergunta perigosa a ser feita, pois bem sabes que mesmo com a música, alguns de nós poderiam ouvir, apesar da maioria preferir não se manifestar e evitar problemas.

    Mas essa reunião será muito importante, pois poderá ser discutido o destino do sr. Mendeley na cidade, assim como de qualquer feiticeiro. E você teve uma primeira impressão do nosso Senescal, o Sr. Valérius, então pode tirar suas próprias conclusões a respeito disso. Mas alerto novamente: cuidado, nem tudo parece o que realmente é.



    Dito isso, o Toreador cantarola alguma coisa em uma língua que Genevieve não conhece, apesar de ter uma sonoridade parecida com o Inglês.

    Em quanto as rosas e humanos dançam, as brumas pareciam tomar conta, mas nada que parecesse preocupar qualquer um ali, mais parecendo que parecia deixar os presentes ali em uma espécie de transe.
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    Mensagem por Vaine Qua Jan 13, 2021 6:23 pm

    Após o seu encontro muito proveitoso com o Lorde Cornell, Vaine aproveitou a oportunidade da carruagem que iria lhe levar para o porto e pediu para o cocheiro, que também era o mordomo de Lorde Cornell, para leva-lo ate a mansão das rosas e assim foi feito. Durante o percurso, o Ravnos se perguntava o que tornava Londres uma cidade imersa a uma neblina tão densa, fez algumas suposições na sua cabeça, se divertindo com aquilo.

    ....

    Quando chegaram a frente a mansão da Primogênita Toreadora, o Cocheiro parou a carruagem e avisou a Vaine que haviam chego, tirando assim o Capitão de seus pensamentos sobre as tão famosas brumas de Londres. Vaine sem pestanejar, desceu da carruagem, ajeitou seu casaco de couro pesado e observou toda a estrutura dos portões do lugar.


    "Nossa! Talvez eu esperasse algo menos monocromático, mas ainda sim, é uma construção a se esperar dos degenerados... Ops... melhor lembrar de não os chamar assim... HEHe!"
    *Pensou*


    Vaine então se aproximou próximo ao portão, esperando ver algum guarda ou serviçal, para que pudesse saber, se a Senhora daquele local, estava.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Qua Jan 13, 2021 7:19 pm

    Genevieve assimilou as palavras de Xavier e entendeu que continuariam a conversa em outro momento, em um local mais reservado. Tornou a aproveitar a música e a dança, até que novamente sentaram-se para apreciar o espetáculo que seguiria. Quando os músicos encerraram a apresentação, a jovem concentrou-se em assuntos mais leves, tanto para relaxar Xavier quanto para evitar chamar atenção de passantes. Falaram sobre música e arte, trocando versos de seus poetas favoritos, enquanto a próxima apresentação não começava.

    Até que, após alguns momentos, Genevieve finalmente pergunta sobre as brumas, que estão cada vez mais intensas. “Milord, essa névoa me parece estranha, embora ninguém esteja se incomodando com ela. É uma característica peculiar. Diga-me, a cidade inteira compartilha o mesmo atributo?
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    Manoir de Roses Blanches Empty Narração Genevieve

    Mensagem por Night's Lord Qui Jan 14, 2021 3:34 pm

    Um pouco mais relaxado com a mudança de assunto, Mormont continua a dança de forma mais leve e mais animada com Genevieve, até o encerrar da música, onde o jovem poeta se apresenta e começa a declamar algumas de suas poesias mais conhecidas, já que todos pareciam conhecer.

    Pouco antes do começo das declamações, o Toreador fala a Genevieve que as brumas de Londres eram comuns, principalmente em épocas de muito calor, o que era comum para aquelas épocas. As vezes as brumas eram mais intensas como essa, as vezes até pior. Mas em modo geral elas sempre apareciam. E é geralmente nessas épocas que os crimes na cidade aumentavam, visto os policias terem dificuldade em rastrear e ver e até mesmo ouvir alguma coisa, visto as brumas terem a capacidade de abafarem o som também.

    Durante as declamações do Poeta, todos como seria de costume, estavam em absoluto silêncio, até que por fim depois de quase 1 hora recitando, o jovem poeta senta-se em uma mesa junto a outros Toreador, onde fica a vontade, e Genevieve sabe que logo irão se servir do sangue do mesmo e também darem um pouco de seus próprios sangues. O suficiente para não transforma-lo em um carniçal e com isso interromper o envelhecimento do jovem poeta. Um perigo que eles adorariam correr.

    Após as declamações, os risos e conversas voltam a ser ouvidos por todo o jardim, e algumas pessoas até saem para os jardins floridos e outros adentram a mansão, sendo o caso de Mormont e Genevieve o caso dos que entraram na mansão.

    Mormont: - Venha ma cherrier, quero te mostrar alguns cômodos que eu acho que são os mais interessantes dessa mansão, uma parte que poucos admiram pois se tratar da parte mais antiga da mansão, construída a quase 1000 anos atrás.

    Nisso de braços dados com a bela parisiense o Toreador vai passando por corredores e mais corredores no andar térreo, dando algumas voltas, explicando como a mansão fora construída e ampliada no decorrer dos séculos até chegar na mansão que ela vê hoje. E quando ele termina essa explicação, o casal chega a uma parte da casa que para surpresa de Genevieve, estava mal cuidada, perante ao restante da mansão.

    O local tinha não só a aparência, mas um "cheiro" de antigo, e Mormont animadamente explica como foi erguido aquela parte, como as paredes eram de pedras empilhadas com nenhuma argamassa entre elas, somente se sustentando pelo próprio peso. Essa foi umas explicações, mas no geral, não se demorou demais, pois logo ele sentou-se um canto do espaço onde tinha uma boa visão de quem estivesse vindo ou ouvindo até mesmo a conversa.

    Mormont: - Deves ter percebido ma cherrier que eu desviei propositalmente de assunto, quando me perguntou sobre os membros da Primigênie.

    Pois bem, como deves saber, Paris e Londres são algumas das cidades ondem os membros que ocupam as cadeiras da Primigênie são talvez os seres mais poderosos e influentes da cidade, ou seja, de todo o país nesses dois casos, por isso é um pouco perigoso ficar perguntando sobre eles, ainda mais em um local como esse.

    Henriqueta pode não ter recebido uma carta mais apropriada de Villon e sua mentora, mas eu recebi, e por isso presto meu juramento de não deixar nada lhe acontecer.

    Sobre os membros da Primigênie, o que melhor posso lhe falar, é tomar muito cuidado com o Sir Ian da Cornualha, ele assim como o Valerius, querem o trono da cidade. Porém ele não é tão estupido quanto o nosso querido senescal.

    Nossa Henrique você já conheceu, e confesso que ela é perigosa, porém previsível em seus passos, mas mesmo assim conseguiu aumentar um pouco nossa influência na cidade, principalmente depois que o senhor Mithras resolver dar seus passeios de longa data. Ela está usando o senescal para conseguir alguns favores, e apesar de não ser um exímio estrategista político, meus instintos dizem que isso pode acabar muito mal para ela e para a Rosa em si.

    Nesta cidade existe alguns pilares muito bem formados. O próprio cetro, os selvagens Gangrel e os ratos de esgoto Nosferatu


    Nisso ele para para aparentemente organizar as ideias e depois volta.

    Como estava lhe dizendo. Esses 3 pilares são os maiores e os que mantém não só a Inglaterra estável, mas também as Escócia, Irlanda e o País de Gales, e com a vinda do sr. Mendely para a cidade, um ou talvez dois dos pilares podem se desmoronar, se a srta Isabel a Primigênie Nosferatu resolver retirar o apoio ao Cetro, já que todos sabem que o real apoio dela, era com Mithras e não com o Cetro.

    E é com isso que Henriqueta está contando, para desestabilizar a cidade e tentar tomar o poder. A sua vinda a deixou em dúvida, pois será que Villon a apoiaria ou será que não? O ego dela é grande o suficiente para tentar ser igual ao senhor do senhor dela.

    Os outros primigênies são fortes e não brincam em serviço
    Nisso ele descreve sobre eles* por um tempo, até que se cala, parecendo pensativo sobre tudo isso.

    Talvez o silêncio de Mormont estivesse relacionado com algumas vozes que ambos começaram a ouvir, vindo de corredores por perto, e as vozes cochichavam sobre um cigano capitão de navio com um estranho anel que nada combinava com seus vestimentas e com sua posição, que tinha vindo falar com a Senhora Henriqueta.

    Genevieve não tinha dúvidas. O Capitão que havia conhecido nas docas havia aparecido.
    * Coorte Londrina


    Última edição por Night's Lord em Qui Jan 14, 2021 4:05 pm, editado 1 vez(es)
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    Manoir de Roses Blanches Empty Narração Vaine

    Mensagem por Night's Lord Qui Jan 14, 2021 4:04 pm

    O Capitão poderia realmente esperar muitas coisas de uma mansão Toreador, menos uma casa inteira branca. Mas essa visão monocromática se quebra, quando é começa a olhar para os lados e avistar o belo jardim que havia dos dois lados do caminho que levava a mansão. Flores e mais flores até se perder de vista, formando um padrão cacofônico que chegava a deixar o Ravnos atordoado ao tentar decifrar os padrões que as diferentes cores ali formavam, ainda mais com as brumas dando um toque mais místico a toda essa beleza. O Capitão nunca havia visto nada semelhante em sua vida. Era belo.

    Vaine é levado até um salão onde as paredes são feitas de vidro, proporcionando uma vista magnífica ao jardim, não importando a onde você estivesse no salão, que ao fundo havia uma tapeçaria com o brasão de uma família, que provavelmente seria da Primigênie Toreador.

    Ao chegar no salão Vaine avista a esnobe toreador passeando de braços dados com outro toreador, mas ao que parecendo ela não havia prestado atenção em sua chegada, talvez pelo fato de quando a avistou ela já estava passando por um magnífico portal de mármore vermelho, umas das pedras mais caras que o pirata já havia ouvido falar, tirando as pedras preciosas.

    Em quanto esperava, Vaine vê vários humanos circulando pelo salão, pela mansão e pelo jardim. Uns vestindo uma peruca preta, independente do sexo, e outros usando uma peruca loira, um fato curioso, mas que o Ravnos logo deixa de lado, observando mais os quadros e tapeçarias ali expostas, que poderiam muito bem pagar anos, se não décadas de serviço de seus homens, com os melhores runs e casas noturnas em toda a Europa. Podendo até mesmo navegar a nova Inglaterra, que hoje chamam de Estados Unidos da América.

    Não demora tanto e um homem vem recebê-lo, um homem loiro com aparência de seus 20 e poucos anos, segurando uma taça de vindo nas mãos, e ao chegar perto, o cheiro de vitae na taça era inconfundível.

    Pierre de Nassau: - Bon soir mon cher, çá vá? Tudo bem com o senhor? Espero que sim. Eu sou Pierre de Nassau e sou o senescal da Mansão das Rosas Brancas e o auxiliar da senhorita Henriqueta. Estou informado da sua possível vinda, e tenho ordens de o receber como uma "persona grata" nesta casa, mas lamente informar que a senhora Henriqueta não está, mas eu gostaria, na verdade faria questão que ficasse conosco até ela chegar. Sinta-se a vontade na casa.

    Há poucas regras aqui, e uma delas, é que os empregados de peruca loira e os humanos sem peruca, não devem ser tocados. Os de peruca preta podem servir para os nossos propósitos, se feitos com segurança e as vistas de ninguém. A demais, fique a vontade para esperar. Ah também fui informado que você poderia querer se encontrar com a sra Genevieve, neste caso ela e o sr. Mormont devem estar na parte velha da mansão conversando sabe-se Deus o que naquele local sem graça.


    O Toreador com descrição, em quanto falava com o Pirata, analisava-o de cima a abaixo, finalmente terminando sua "análise" no anel que Vaine usava no dedo.

    Manoir de Roses Blanches Secret12
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    Manoir de Roses Blanches Empty Narração Richard

    Mensagem por Night's Lord Qui Jan 14, 2021 4:24 pm

    O Malkavian pareceu relaxar um pouco mais quando Genevieve lhe fez um sinal que tudo estava bem, o que era bom. Mas será que tudo se manteria assim?

    Observando a todos naquele conjunto de mesas que formava uma rosa, Richard percebe que nem todos estavam realmente prestando atenção na musica, que por sinal era muito bonita, principalmente Genevieve que parecia mais atenta as palavras do belo companheiro do que na música. Até ai nada demais. Não significa que por ser Toreador precisa gostar de todas as músicas e idolatra-las.

    Mas alguma coisa incomodava o velho soldado. O que? ele não sabia. Poderia ter relação com a adaga, que ele não sabia onde estava e nem se estava realmente segura. Poderia ser também com relação ao Pirata com o anel que tinha uma aura mística das fadas. E todos esses pensamentos eram misturados com as brumas que envolviam o jardim. Por isso quando a mesma começa a aumentar sua intensidade, o Malkav aperta a boneca em seu peito para protege-la melhor. Será que a história iria se repetir de novo? Alguém seria assassinado? Mas será que as fadas fariam mal as Toreador?

    Essas e tantas outras perguntas começam a fervilhar dentro da mente do Malkavian, até que ele se pega perdido em pensamentos. E no meio desse turbilhão de vozes, uma voz se destaca: Há muita madeira nessa casa, e isso começa a tomar forma. Se ele queria gerar o caos na cidade, desestruturar o poder na mesma, poderia muito bem começar com os Toreador ali mesmo.

    Mas e Annabelle? Ela poderia se machucar nisso tudo! Outra voz na cabeça já cheia de vozes e pensamentos toma forma.

    Poderia não ser o momento, mas Richard, a espada de Caim, sabia agora por onde começar seus planos. Já que em Paris não conseguira, Londres pode ser muito bem que consiga. E essa atitude poderá atrair mais pessoas para a causa, ou revelar quem já estivesse na cidade.

    Em meio a suas loucuras e devaneios, o Malkavian mal percebe as mudanças que estavam ocorrendo no jardim, principalmente quando a banda acaba e o jovem poete começa a recitar suas poesias, mal reparando também que a densidade das brumas haviam aumentado consideravelmente, só saindo de seus devaneios quando o poeta finalmente termina de recitar seu poemas, e por alguns segundos um silêncio absoluto toma conta do local, tendo até mesmo a banda parado de tocar. E depois uma onda de aplausos, risadas e falatórios tomam conta da atmosfera.

    Ao sair de seus devaneios, Richard procura por sua Annabelle, ou melhor dizendo, por Genevieve e logo a vê entrando no grande salão de braços dados com o belíssimo Toreador, mas o que vê logo em seguida lhe chama mais atenção. A presença do homem fada, do Capitão do Navio que tem a aura de uma fada, com seu anel, que logo é abordado por outra bela pessoa que começa a conversar com o mesmo e a gesticular, parecendo explicar algo. E aí a mente inquieta começa a trabalhar. Névoas, fadas e de repente o homem com anel de fada. A adaga estaria a salvo? As brumas eram culpas do capitão?

    Uma coisa era certa: O velho soldado estava preocupado com Genevieve e com a adaga, e ao mesmo tempo curioso para saber o que o homem estava fazendo ali.
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    Mensagem por Vaine Qui Jan 14, 2021 7:06 pm

    Vaine conforme passava pelo imenso jardim de rosas e flores de todas as cores, vislumbrava mesmo naquela densa bruma, que as encobria sua beleza, beleza que jamais fora vista pelo Capitão, tantas cores e odores, das rosas e flores, que tudo aquilo era informação demais para os sentidos do Ravnos, que era demasiadamente detalhista.

    "Agora está explicado a construção monocromática... A intenção é destacar essa grande quantidade de flores e cores... É como uma sugestão não tão discreta, em que as rosas tem seu lugar de destaque...." *Pensou*


    O Capitão então desviou o olhar com um sorriso no canto da boca, claramente uma expressão de deboche de tudo aquilo. Afinal, de tudo que tinha ali, sabia que naquele momento, naquele instante, era o centro das atenções, sua bota estava suja de lama das ruas de Londres, seu casaco de couro, assim como suas roupas, estavam úmidas devido as brumas, o cheiro de rum era forte, mesmo não tendo bebido aquele dia, seus poros ainda exalavam o cheiro da bebida, seu cabelo estava preso parte atrás da cabeça e parte caia em seus ombros. Vaine apesar de não estar trajado como a nobreza e nem como alguém de posses, possuía a habilidade da etiqueta e durante todo o tempo, sorriu, cumprimentou e fez reverencias para aqueles que passavam por seu caminho. Mas ali, era notório a todos, que ele era a erva daninha, em um jardim de rosas.


    ....


    Ao chegar no salão, observou todas as paredes de vidro, e com um sorriso no canto da boca, pensou:


    "Nada prático e provavelmente perigoso esse tipo de exposição"



    Deu dois leves socos, com as costas da mão na parede e concluiu o pensamento:


    "Mas provavelmente, é pra dar uma linda vista para o jardim."


    Quando Vaine, voltou suas costas para o jardim e visualizou as tapeçarias, as mesmas fizeram seus pensamentos se cessarem e o Capitão caminhou até as mesmas, buscando observar cada detalhe, cada traço, afinal, ele tinha uma memória que poucos possuíam e cada detalhe era gravado por sua mente e enquanto fazia isso, o mesmo sussurrou para si mesmo:

    -Se eu ver... Posso copiar...



    O Ravnos então, após gravar tudo que ele queria, correu os olhos no salão e pode ver a Francesa que havia chego na noite anterior sendo conduzida por um outro membro de seu clã, pensou em brincar um pouco com eles, mas se deteve, afinal, deveria respeitar o domínio de Henriqueta.

    ....

    Então buscou com o olhar outras curiosidades do local, tudo ali possuía um valor comercial grande, inclusive algumas pessoas dali, além do mármore, tapeçarias e quadros, mas o que mais chamou a atenção de Vaine, fora os mortais, que usavam perucas, negras ou brancas, tentava achar um padrão entre eles, para explicar a diferença de cores, mas logo fora interrompido.

    .....


    Vaine então, voltou seu olhar para o homem para o homem, ou seja lá o que era aquele nobre que parecia um maricas a sua frente. Com um sorriso no rosto, o Capitão fez uma breve reverência respeitosa ao mesmo e o escutou em silêncio, quando o Senescal acabou, apenas disse:

    -Uma excelente noite , vou muito bem e o Senhor? Espero que bem também....

    -Como já sabe, sou Vaine... Fico feliz que já saiba meu propósito e que Henriqueta tenha pedido para me receber como uma persona grata e agradeço por ser um bom anfitrião.

    -Fico um pouco triste em não encontrar a pessoa que me convidou, mas acredito que ela tenha coisas mais importantes do que falar com um velho capitão.... Quanto a Senhorita Genevieve, não tenho interesse naquela pessoa, então fique tranquilo quanto a isso... Mas acredito que não deve ter sido de seu agrado a chegada dela não é mesmo? Talvez uma enviada do todo Poderoso da França, possa tomar seu lugar de Senescal, ou não? Sabe lá o que as más línguas falam por ai....


    -Ficarei por um tempo... Agradeço por me explicar as regras do recinto e eu apenas ficarei por um tempo, talvez dou sorte e Henriqueta chegue....


    Vaine então notou o homem lhe fitar de cima embaixo, coisa que já estava acostumado da nobreza fazer, mas quando o mesmo para em seu anel, o Ravnos levanta a mão mostrando melhor o anel para ele e disse:

    -Caso quisesse vê-lo, teria apenas que pedir... Sabe o que ele é? E a que ordem ele pertence não é?


    O Capitão sorri de canto de boca e conclui:


    -Porém, seria melhor deixarmos as formalidades de lado, acredito que não é de sua vontade me receber, porém, alguém como eu um dia possa lhe ser útil, me procure quando precisar, mas tenha certeza que cobro muito mais que algumas moedas...

    -Uma boa noite Sr. Pierre...Como eu disse, acredito que não seja de sua vontade estar aqui a me receber..



    O Capitão então, voltou a ficar sério, chegou até perto da parede de vidro e deu as costas para Pierre, apenas observando o jardim de flores, que estava ainda mais majestoso com toda aquela bruma misteriosa...
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Dom Jan 17, 2021 8:22 pm

    As declamações do poeta tomaram a atenção de Genevieve, que prestava atenção não apenas em suas palavras, mas no significado por detrás delas. Estava claro que ainda era um poeta jovem e de certo inexperiente, além de não ser necessariamente conhecido fora dos domínios de Henriqueta – apesar de todos os presentes reconhecerem os versos recitados, Genevieve nunca havia escutado algo sobre o poeta até chegar ali. Quando William Wordsworth começou a declamar o poema que nomeou de “She was a phantom of delight”, Genevieve teve certeza de que seus companheiros da Rosa eram mais do que apenas admiradores do poeta, sendo também parte de sua inspiração. Arrebatada pelos versos, manteve contato visual diretamente com o bardo, que retribuiu como se estivesse recitando o poema para ela:

    “She was a Phantom of delight
    When first she gleamed upon my sight;
    A lovely Apparition, sent
    To be a moment’s ornament;
    Her eyes as stars of Twilight fair;
    Like Twilight’s, too, her dusky hair;
    But all things else about her drawn
    From May-time and the cheerful Dawn;
    A dancing Shape, an Image gay,
    To haunt, to startle, and way-lay.
    I saw her upon nearer view,
    A Spirit, yet a Woman too!
    Her household motions light and free,
    And steps of virgin-liberty;
    A countenance in which did meet
    Sweet records, promises as sweet;
    A Creature not too bright or good
    For human nature’s daily food;
    For transient sorrows, simple wiles,
    Praise, blame, love, kisses, tears, and smiles.
    And now I see with eye serene
    The very pulse of the machine;
    A Being breathing thoughtful breath,
    A Traveler between life and death;
    The reason firm, the temperate will,
    Endurance, foresight, strength, and skill;
    A perfect Woman, nobly planned,
    To warn, to comfort, and command;
    And yet a Spirit still, and bright
    With something of angelic light.”




    O poema, como Genevieve notou, é uma descrição nada sutil de uma mulher, cainita, e certamente pertencente ao clã das Rosas. Entendeu que este era um poema privado e que possivelmente não seria publicado em muito tempo – quiçá nunca. Apesar da vontade de sentar-se e aproveitar a companhia de William, lembrou de Xavier e das informações que precisava trocar com ele e, então, se deixou ser conduzida de volta para a mansão.

    Quando chegaram na parte mais antiga da mansão, Xavier começou a explanação sobre a construção e o histórico do local, porém Genevieve estava extasiada demais para lhe dar qualquer tipo de atenção. A jovem tocava as paredes, feitas de pedras empilhadas, e apreciava o cheiro do local, que muito lhe lembravam sua Sept-Tours e sua vida humana, o que lhe deixou saudosa da vida em 1280.  Quando Xavier mencionou os membros da Primigenie, Genevieve abandonou a nostalgia e voltou a focar-se no cainita que lhe acompanhava.

    Xavier se provava um possível aliado e protetor, e o interesse de Genevieve por ele aumentava substancialmente. As informações fornecidas por ele seriam valiosíssimas quando fosse ao Elysium, e sua companhia seria interessante para lhe apontar os detalhes do local e das pessoas. Enquanto processava os esclarecimentos de Xavier, ouviu o burburinho que se aproximava, mencionando o pirata inconveniente que conhecera no Porto. Sabia que a presença do mesmo era esperada, pois presenciou Henriqueta convidando-o, porém não imaginava que ele aceitaria o convite tão depressa. Lembrou do anel e da reação de Henriqueta ao vê-lo, e principalmente da impressão de que o pirata não sabia do que realmente se tratava o objeto.

    – Eu estive com esse cigano que estão mencionando na noite passada. Um ser maltrapilho e de poucos modos, porém que porta um objeto que atraiu a atenção de Mademoiselle Henriqueta – disse, tomando o cuidado de esperar as vozes se afastarem novamente antes de iniciar sua fala, e dando uma breve descrição do anel à Xavier. – Não lhe dei importância o suficiente para conseguir um nome, porém ele se apresenta como capitão de uma embarcação chamada Moartea Iluzorie. O próprio pirata não parece saber da importância de seu anel, mas é importante o suficiente para atiçar o interesse de Henriqueta... Saberias tu do que se trata, Milord?
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    Mensagem por Night's Lord Seg Jan 18, 2021 9:38 am

    O Toreador estava pensativo com tudo o que tinha falado. Parecia estar avaliando as informações dadas como se ainda não tivesse pensado em uma ou mais situações, dando pouca atenção a esse tal pirata, até que Genevieve o descreve e descreve o tal anel que tinha visto, o que o faz despertar de seus devaneios e olhar com atenção a bela francesa a sua frente.

    Mormont: - Gostaria de conhecer esse Pirata. Mas não aqui e não agora. A vinda dele aqui pode não ter sido favorável a ele, pois A Manoir de Roses pode ser muito acolhedora, para quem tiver um bom gosto artístico ou pelo menos para apreciadores da Arte. Pessoas que não dão o devido valor são consideradas rudes, e pessoas rudes não são bem vindas.

    Não sei porque ele fica com o anel da ordem exposto. Só imagino que seja pelo seu real desconhecimento da situação. Apesar de sermos uma ordem que presa a independência individual de cada um, não consigo entender a escolha de um ser como ele para receber um anel de amizade. Mas tenho dó dele, pois será visado por muitos seres gananciosos da cidade. Alguns deles realmente poderosos, como Sir Alex Corwell e a nossa Henriqueta.

    O interesse em Henriqueta não é a toa nele, e ela fará de tudo para extrair qualquer informação dele sobre quem lhe deu o anel. Em algum momento preciso falar com ele, mas não posso confiar nele ainda e ele pode muito bem expor. De qualquer forma depois irei dar uma olhada nele e ver o com meus próprios olhos o que ele é.

    Agora mais importante
    - Nisso ele tira uma carta do bolso - Sua mentora e o amigo dela me enviaram uma carta ontem, e nela havia um único nome, Anpu. Eu já ouvi falar dele, e por sorte, não é difícil de encontra-lo. Outro ponto interessante na carta e esse pequeno símbolo aqui embaixo, que mais parece uma mancha. Esse símbolo significa sozinho, ou seja, acho que está na hora de você tentar despistar seu amigo Malkavian.

    Como um aliado, eu vou te dar todas as informações possíveis, e também irei lhe aconselhar cautela e cuidado. Anpu é exímio espadachim e um ferreiro excepcional. Um cainita ferreiro é algo que eu só vi uma vez, e confesso que me deixou meio assustado.

    Não vou perguntar o que você quer com ele, mas tome cuidado, pois ele pertence ao povo do Egito e ele não são nada confiáveis, como deve saber já...


    Novamente ele fica calado, se levanta e vai em direção as paredes onde fica olhando-as de cima a baixo como analisando-as...

    Richard Soleil
    Richard Soleil


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    Mensagem por Richard Soleil Seg Jan 18, 2021 10:45 am

    Apesar da demonstração de tranquilidade de Gennevieve, Richard não poderia deixar de querer repreendê-la por sua displicência por ser tão despreocupada, visto, que estavam numa cidade, onde, quase não haviam aliados e com a fama de violência, tanto humana, quanto cainita... Não que isso fosse, de todo, ruim...

    As brumas se adensavam e isso, fazia o coração frio de Richard pesar como chumbo, em seu peito. Apertando a preciosa boneca, pôde jurar que, está lhe falasse, diretamente, instigando-o a realizar atos de rebeldia e destruição... Desejava fazê-los, é verdade, mas não era o momento propício.

    - A Rosas são um alvo fácil, mas eu não vejo nenhuma delas, tão enganada na cúpula de poder da cidade, além, de Henriqueta. Além disso, eu colocaria Gennevieve em perigo. Seria, praticamente, impossível tirá-la, antes que o caos se instalasse. Fora, o artefato, que fugiu da minha vista e seria muito difícil localizar nós escombros... - murmurava, Richard, enquanto via, com muita apreensão, as brumas envolverem a todos, no jardim. E, foi com grande alívio, que ele viu Gennevieve se dirigir para dentro do "santuário" que seu acompanhante. "Mercy, Mon Dieu!" - agradeceu, mentalmente.

    Mas, a não-vida de um Malkavian é, realmente, uma "montanha russa de emoções". Mal havia acalmado suas preocupações, quando avistou, chegando à mansão, o pirata-fada... Coração de Richard teria parado, se já não se encontrasse nesta condição.

    - Maldito, sejas tu, criatura hedionda e traiçoeira! - vociferou para noite e abafado pelas brumas, o Malkavian.

    Agora, Richard estava divido, entre manter a vigilância de Gennevieve, ou seguir o pirata-fada e descobrir suas verdadeiras intenções.

    "Com certeza, este monstro seguiu-nos, buscando reaver a adaga maldita que está aos cuidados de Gennevieve." - concluiu o Malkavian - "Gennevieve está aos cuidados do seu irmão de Clã, creio que está segura, dentro dos domínios da Primógena. Seguirei o pirata-fada, já que nossos objetivos são os mesmos." - decidiu-se -"Se ameaçar Annabelle, porei fim à sua existência."

    Richard, aproveitando-se das sombras que os cantos da casa produziam, utilizou seu poderes para se manter oculto e seguir o pirata (ativou Ofuscação •). Observado-ô, notou que, o mesmo destoava dos outros presentes na casa, como fora com Richard, ao chegar. Simpatizou com ele por um instante, mas ao ver sua cara de deleite e deboche por, ao contrário de Richard, agora, estar chamando toda a atenção sujando o assoalho impecável, com a lama da cidade - ao que, seguiam, atrás, dois servos com trapos, esfregando a lama.

    Richard conseguiu seguir o pirata-fada até que este foi conduzido por outro morador da mansão a um aposento reservado. Para evitar que causasse qualquer dano ou prejuízo à residência, ou aos presentes.

    Ricardo não sabia, mas estava próximo ao aposento onde se encontravam Gennevieve e Mormont se encontravam e puderam ouvir suas maledicências sobre o pirata.

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