Casa de Cavalheiros St. Jorge

A casa de jogos de cavalheiro St. Jorge é uma casa onde os cavalheiros, ou seja, a nobreza de Londres se reunia para jogar, fumar e beber. Mas diferente de outras casas, essa casa em específico não admitia mulheres, nem mesmo para serem serventes, sendo apenas aceitadas nas cozinhas, por isso não havia prostitutas no local, se diferenciando então dos bordeis da cidade, que esses mesmos cavalheiros também costumavam frequentar.

Diferentemente dos bordeis da região, essa casa só admitia pessoas de status social alto, ou seja, a pessoa para entrar no local tinha que estar devidamente trajado e só podia chegar de carruagem ou a cavalo, podendo ou não estar acompanhado por um servo.

Qualquer um que cumprisse os requisitos é bem vindo nessa casa, independente de sua nacionalidade.

O interessante de uma casa de cavalheiros é que devido a arrogância dos nobres da cidade, jamais passaria na cabeça deles que alguém que não fosse um nobre pudesse aparecer por lá, ainda mais pela porta da frente. Por isso Alexander com toda a sua pompa e beleza, entra no antro e a primeira vista o que vê o deixa meio surpreso.

Alexander em sua vida, havia frequentado muitos locais com muitos nobres, e em todas essas vezes sempre a reunião de homens era um balburdia total. Mas não ali, ou pelo menos não naquele lugar, pois ali reinava a organização.

Havia sim algumas mesas e sofás, e até mesmo algumas mesas de jogos para que os senhores ali presente pudessem espairecer de seus problemas, seja jogando contra a casa, ou contra eles mesmos. A quantia de dinheiro que rolava ali, Alexander nunca tinha visto, ainda mais em espécie de papel, uma modernidade que ainda lhe era estranha.

Ao chegar a uma mesa de poker, um dos nobres lhe dá a sua cadeira como um gesto de boas vindas e se dirige a uma outra roda de conversa, em quanto os que ficaram lhe olham com curiosidade e camaradagem.

As conversas continuam e logo o cainita percebe alguns sotaques diferentes oriundos das pessoas no salão e na mesa, e atento ao que queria, o antigo soldado sorri de canto ao ouvir um dos homens da mesa falar sobre como a plantação de algodão nas américas estavam indo bem, que esse ano eles esperam ter um lucro ao menos 50% maior que o ano anterior, que não tinha sido ruim.

E assim o jogo vai fluindo, uma hora ganhando, uma hora perdendo, pouco se importando com isso, pois o objetivo ali era a descontração.

Após algum tempo, um dos cavalheiros pergunta o nome de Alexander e sobre o que ele faz, e até mesmo se já havia servido as forças da rainha ou de outro pais...

O Cavalheiro olha para o cainita com um olhar curioso quando fala sobre vir das américas e vir para a terra da rainha e não do Rei, e também o sotaque fortemente afrancesado que possuía, mas parece se esquecer um pouco disso quando é perguntado sobre a produção de algodão. Logo em quanto jogavam o homem começa a "falar um tratado" sobre a produção de algodão, de como eles estavam conseguindo melhorar ano a ano a produção a colheita, e também como armazena-lo. Sendo em algumas regiões dos EUA e do Canadá, uma forte concorrente das pelas e chegando até mesmo a superara-la. Seria o negócio do futuro.

Todo esse "tratado" dura mais de 1h hora, chegando a quase 90 minutos de falatório em quando iam jogando. E o cara parecia estar com uma sorte dos deuses, pois havia perdido uma única vez só e pelo que Alexander entendeu, ele quem não quis "se arriscar" pois poderia ter levado mais uma mão ainda. E isso estava deixando os outros nobres na mesa desconfortáveis, pois apesar da quantia ao ver do ponto de vista do vampiro era alta, para eles ali na mesa não era, mas ninguém gostava de perder, e ainda perder sucessiva vezes.

Se fosse de onde vinha, o homem americano já teria sido acusado de trapaça e muito provavelmente morto, mas ali os nobres engoliam seco e iam jogando, sem poder acusar e nem fazer nada, o que era estranho a Alexander. E também curioso, deixando querer saber mais sobre esse comportamento tão estranho e ao mesmo divertido.