London Victorian Age

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Quando um homem se cansa de Londres, ele está cansado da vida; porque há em Londres tudo que a vida pode trazer. - Samuel Johnson


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    Região Portuária de Londres

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    Mensagem por Night's Lord Dom Nov 29, 2020 11:19 am

    Vaine observava com curiosidade as pessoas que desciam do navio, e para seu espanto em vez de uma comitiva real, desce primeiro uma linda mulher, quase tão bela quanto a Kotryna, porém muito mais elegante e graciosa. O jeito meigo dela não chega a enganar totalmente o Ravnos, pois a sutil demora do homem que a acompanhava, podendo ser seu marido ou somente um acompanhante, visto ser raro homens serem tão educados e prestativos as damas, a não ser quando queriam corteja-las, o que até parecia o caso. Porém a outra pessoa que a acompanhava também era digna de nota. Um cara de porte militar, que ao mesmo tempo parecia olhar tudo ao redor, olhava também muito a madame que descia do navio. E nisso o trio vai descendo e se encaminhando a uma carruagem que deveria estar ali, mas que para a surpresa do trio. Não estava. Surpreso também ficaram todos os guardas do cais ou ver um navio com o brasão de armas francês chegando a altas horas da madrugada, e que confusos como se portarem um ficava falando com o outro e um nome era falado diversas verses. Um tal de lord Cornwell, que pelo visto era o nobre responsável por toda essa região.

    Mas por fim tomam uma decisão e a mesma pessoa que conversou com Vaine assume a posição de ir ter com a nobre que descia do navio. A vinda de um barco real francês a essas horas também acabou por chamar atenção de outros capitães e principalmente do capitão do navio da inquisição, ou pelo menos o chefe da companhia, visto ser um padre, que assim que pode se dirige também ao navio, e o engraçado foi tanto o guarda tanto o padre terem chegado juntos, causando uma incômoda situação a ambos, tendo o padre tentado ignorar o soldado de patente, que prontamente assim que o padre começa a falar, ele fala mais alto e toma a frente da situação.

    [Capitão ] - bonne soir monsegnior, me chamo Richard du Wessex, sou o capitão da guarda do porto de Londres, e venho lhe oferecer todo apoio que eu um humilde capitão posso lhe dar em nome da Rainha. Vejo que vossa carruagem não chegou, e por isso posso lhe oferecer a carruagem propria dos oficiais da coroa, que apesar de não ser como provavelmente estais acostumada a andar, mas também não é uma carruagem de aluguel comum.

    Nisso o padre resmunga:

    [Padre] - Quanta gentileza do nosso Capitão, que não ofereceu a nós do santo ofício nenhuma ajuda, nem mesmo quando nosso navio pegou fogo.

    [Capitão] -Não oferecemos pois vocês cães da Igreja não são bem vindos em nossas terras, uma determinação real de vossa majestade.

    Voltando ao que importa... A coroa Inglesa está ao seu dispor monsegnior. E se nos permite, meus homens carregarão vossas bagagens e alguns de nossos homens poderão também fazer uma escolta, para assim a mademoiselle ficar mais tranquila.


    Toda essa situação se passava debaixo de uma garoa fina, que já deveria ter parado, mas que insistia em continuar a cair.

    O padre parecia furioso e agora muito mais ansioso por falar com o nobre francês, muito provavelmente querendo algum tipo de favor. Fazer favor a igreja nunca fora ruim, ainda mais para encobrir a máscara. E era nítido que toda a atenção estava em Louis, as vezes olhavam a Genevieve, mas poucos olhavam a Richard. Uma vantagem que poderia ser explorada e muito pelo Malkav.

    Outro fato a ser observado pelos reféns chegados foi que o cais estava um caos, muitos navios muito danificados pela chuva, e o mais visível era o navio da inquisição que estava todo queimado e avariado e mesmo para os 3 leigos sobre embarcações, era nítido que seria muito custoso a reparação total do mesmo.
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    Mensagem por Vaine Dom Nov 29, 2020 5:15 pm

    Vaine já estava a um bom tempo a esperar, o Capitão de MOARTEA ILUZORIE não se importava com isso, afinal de contas, o porto era sua casa, mas já estava a mais tempo que deveria em Londres e ainda não conseguiu lucrar como gostaria.

    A chuva ainda caia, em todos os aspectos Vaine se misturava ao local, ali era mais um Capitão que estava sofrendo com a chuva e ancorou em Londres. Devido ao frio da chuva e a garoa que estava fazendo, o Ravnos estava com uma garrafa de bebida em sua mão e volta ou outra bebida um belo gole da mesma.



    Após uma certa espera, finalmente algumas pessoas desciam da embarcação francesa, foi quando Vaine viu a mulher que desceu, com toda certeza era uma das mulheres mais bonitas que o Capitão viu em toda sua vida e não-vida, e não foram poucas que o mesmo já havia visto. A bela mulher em vestes elegantes e jeito meigo, por um breve momento fez o Ravnos voltar toda sua atenção para ela, como se nada ali existisse, mas logo o encanto fora desfeito, ao notar o homem que veio logo após ela, que parecia cortejar a mesma. Não demorou para notar o homem que destoava dos dois que desceram primeiro, seu porte militar chamou a atenção do Capitão, afinal, não estava vestido como a guarda francesa.


    Vaine entrelaçou os dedos em frente ao rosto, enquanto observou as três figuras, os analisando friamente.

    "Humm…. Marido..?.. Não… há muita dedicação da parte dele para dizer que são casados… Talvez… Companheiro… ou amigos…" [/i]*pensava*

    Então voltou seu olhar para o terceiro homem, o analisando brevemente.

    "Hum… tem um porte militar… porém parece um tanto… incomum… Melhor não baixar a guarda pra ele…" *pensou*

    Por fim, suas análises fora quebradas pela voz de Richard du Wessex, que abordou os mesmos em um tom de voz um pouco mais alto que o comum. Foi então que reparou no Padre que igualmente esbravejava palavras a frente de todos e parecia furioso por ter de duelar a atenção dos franceses com o Capitão do Porto.

    Vaine sorriu de canto de boca enquanto observava a cena, era hilário como os cães da igreja, se achavam no centro de tudo. O Capitão de MOARTEA ILUZORIE ficou tentado ir até lá, porém ainda não era o momentos esperava a deixa certa para agir. Queria antes ver como aquelas pessoas lidariam com tal problema, entre o Padre e Richard.

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    Mensagem por Genevieve de Clermont Dom Nov 29, 2020 5:30 pm

    Genevieve observava o desenrolar da cena em sua frente. Certa de que Louis lidaria com a situação como fora instruído, recolheu-se ao seu papel de esposa frágil e silenciosa. Louis estudou por um momento o soldado que lhe dirigia a palavra, identificando sua patente, antes de responder:

    Bonne soir, Capitaine Wessex. Je suis Louis Bellegarde. Acredito que o mau tempo tenha espantado os responsáveis pela minha carruagem. Como minha esposa está terrivelmente cansada da viagem, aceitarei sua oferta de transporte e segurança. Cuidarei para que vossos esforços sejam bem recompensados. – Com um aceno de cabeça para o guarda, após liberá-lo para carregar a carruagem, virou-se então para o Padre que ainda esperava.

    – Vossa Graça! – tomou as mãos do padre entre as suas e beijou, e logo após fez um gesto para Genevieve, como se autorizando que ela falasse. Sabia ser essencial que o Padre visse que a esposa era uma mulher de fé, submissa ao marido e às leis da Igreja.

    Genevieve então fez uma reverência ao Padre, e logo depois beijou-lhe as mãos como Louis havia feito há poucos segundos. Olhou para Louis em busca de um sinal de permissão para falar, e então prosseguiu: – Vossa Graça! Vejo o terrível estrago que a Tempestade causou à vossa embarcação. – Com um olhar suplicante à Louis, completou: – Tenho certeza de que meu esposo poderá lhes ajudar de alguma forma. (Voz encantadora, qualidade inocente, rubor sanguíneo)

    Louis, enxergando a estratégia de Genevieve, logo completou: – Mon cher, você está muito cansada. Não queremos prejudicar sua saúde com esta exposição à chuva. Richard vai levá-la até a carruagem, enquanto eu continuo a conversar com Vossa Graça. Leve seus bordados consigo, assim poderá distrair-se no caminho até nossa Casa. – Esticou a caixa para que Richard carregasse. Enquanto Genevieve se encaminhava para a carruagem a poucos metros dali, Louis voltava a sua atenção para o Padre, aguardando o prosseguimento da conversa.
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    Mensagem por Richard Soleil Ter Dez 01, 2020 12:27 pm

    Mesmo na prancha de desembarque, Richard já estava grato por "pisar" em terra firme. Enquanto o casal tomava a dianteira, para manter seu disfarce de casal.

    Enquanto perscrutava os arredores, notou duas figuras distintas se aproximando. Uma delas, parecia um sacerdote, e ele interpretou como um bom presságio de sua chega à Inglaterra.

    - Mon Dieu! Que bom sinal para nossa chegada! - sussurrou, consigo, alegremente.

    Porém, a segunda figura não lhe agradara confirmar ser um oficial da coroa... Mas Richard se espantou, pelo inglês optar por falar no idioma francês - a constante disputa e o mútuo desprezo, entre franceses e ingleses, era secular -, o que fez Richard desconfiar, ainda mais, do capitão, mesmo ele demonstrando ser cordial e acolhedor para com seus companheiros.

    Mas, ao se dirigir ao padre, a máscara do cão inglês caiu. O desdém pela Santa Igreja, fez o coração morto do Malkavian palpitar uma vez, ao ver o sacerdote ser destratado. Se sentiu melhor, ao ver Louis e Gennevieve demonstrarem o devido respeito ao servo da católico.

    Richard, só, não gostou de ver Gennevieve numa posição de submissão ao relés Carniçal. Mesmo, sendo 3, tinha certeza que a fúria da Rosa destruiria-os, em instantes. Ver uma companheira tão capaz relegada ao papel "simples" de esposa, lhe desagradava. Ainda mais, quando o servo s ordenou seguir com "seus bordados"...

    "Maldito gado! Não fosse por nossa benevolência, seriam apenas manchas de sangue nesta rampa de madeira e nas pedras!" - pensava, o inconformado Malkavian - "Não fosse pela segurança do artefato e pelo bem de nossa incumbência, espalharia seus membros pela doca e... É, talvez, eu deva fazer isso! Talvez, se eu for rápido, corte suas gargantas e veja-os silenciarem-se, ao afogarem-se no próprio sangue! Não, Richard! Isso estragaria tudo! Gennevieve ficaria em perigo, mesmo se você conseguisse escapar. E a fúria de Villon ao descobrir a confusão... Melhor, nem imaginar! Mas, talvez, haja um castigo apropriado..." - finalmente, seu conflito interno teve fim, para o bem de todos.

    Pegando a caixa com cuidado, a tentação de revelar seu interior pra ver os efeitos nós humanos, passou-lhe à mente, por um instante.

    - Oui, mon seigneur, Bellegarde! - fez uma suave reverência a Gennevieve, para que tomasse a dianteira e se dirigiu ao padre, com uma reverência de cabeça - Vossa Graça! - então, viorou-se para o capitão, em inglês - Captain... Também, fui militar e entendo a rudeza do trabalho, mas não há justificativa para a falta de respeito com um homem de Deus! - disse em tom calmo, mas incisivo, seguindo para acompanhar Gennevieve, sem dar chance para resposta. (Richard usou seus poderes vampíricos para afetar o capitão, enquanto lhe dava o curto sermão, Paixão do Inccubus)

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    Mensagem por Night's Lord Ter Dez 01, 2020 6:59 pm

    O Capitão ficou encantado com a possibilidade de quem sabe ganhar até mesmo uma promoção, pois fazia tempo que estava na mesma patente e gostaria de subir mais. Não gostou muito de quando o nobre francês oferece ajuda ao Padre, e gosta menos ainda quando o acompanhante do nobre casal lhe fala para ter mais respeito ao padre.

    Chovia ainda, uma pequena garoa, mas mesmo assim chovia e estava esfriando de novo, um tempo maluco que estava deixando um dia que começou ruim com a chegada do navio da inquisição, ficar ainda pior. De repente um liquido viscoso, um liquido que o cheiro fez os dois cainitas perto do guarda sentirem a besta interior se agitar sendo a sorte que estavam bem alimentados, molha o rosto de ambos.

    Ao conseguir o que queria, a atenção do Nobre para um possível custeio da embarcação e também da bronca dada pelo acompanhante do casal nobre, o Padre olhou para o Capitão com um sorriso presunçoso que os padres eram mestres em dar. E mal o sorriso se formou no rosto do padre, uma espada assobia o ar e separa a cabeça do Padre de seu corpo, gerando uma comoção com os outros padres ali perto, que para surpresa do Capitão e dos homens que estavam com ele, mas não para o velho lobo do Mar que estava parado a alguma distância assistindo de camarote tudo o que se desenrolava, alguns dos padres que estavam fora do navio, sacam maças e até mesmo espadas e começam a partir para cima dos guardas do cais, que também sacam suas armas e se preparam para o embate.

    Ninguém viu ele chegar, mas do nada aparece um homem alto, forte e com uma presença avassaladora, e no meio de todos ele simplesmente sem ao menos usar a claymore em suas costas, somente estando ali, fez os homens da guarda, guardarem as armas, e instintivamente os padres também se afastaram. Demorou alguns segundos para perceberem que a cabeça do capitão estava também separada do seu corpo. Fora um golpe limpo, preciso, que praticamente não derramou sangue. Mas na espada do homem não havia sangue.

    Algoz: Vocês todos da guarda cidade, retirem esse lixo daqui e me esperem para obterem novas informações. Não saiam mais do quartel até eu voltar.

    Quanto a vocês, membros do Santo Ofício, voltem ao navio de vocês. Pouco me interessa suas reclamações no momento. Vocês perderam um dos seus, e nós um dos nossos. Pelo que eu entendi esse nobre francês vai lhes ajudar com o custei da embarcação. Então por favor esperem dentro da mesma. Se eu ver vocês fora da mesma, eu terminarei o trabalho começado pelo estúpido capitão.


    Quando todos o obedecem, o homem fala.

    Wesley Morgul- Parece que ultimamente tem aparecido pessoas trazendo mais problemas para a cidade do que eu gostaria. Ontem pessoas falando sobre deuses, magia e tudo o mais, num tom de voz que até mesmo um bêbado a quilômetros de distância poderia ouvir. E pior, nenhum dos 3 se apresentou a coorte da cidade. Parece que não se ensinam mais bons modos as crianças de hoje em dia. Ou estou enganado sr Capitão do Mortea Ilusórea?

    Quando a você mademoiselle e monsegnior. Não tenho os nomes de vocês, e nem sei o que vieram fazer aqui, mas pela embarcação, com certeza são enviados de Paris. Acredito que o sr. Villon não gostará de saber que seus enviados não sabem se comportar.

    Principalmente o senhor, que não sei realmente o que fez ou falou ao ex capitão, mas eu o conhecia e apesar de ser meio esquentado, nunca antes tinha feito o que fez. Ele era um homem meu e não gostei de tê-lo matado. Só não o mato aqui pois poderia causar uma confusão maior do que está que começaram.

    Sinto também algo de estranho em vocês, mas não cabe a mim no momento decidir isso, mas essa morte não ficará em vão. Sei que não me apresentei, sou Wesly Morgul o algoz dessa região. Ontem eu só observei e hoje voltei e fiquei observando qual seria o desfecho da história, mas os Deuses deram uma ajudinha para amenizar os problemas, até vocês chegarem.

    Portanto se apresentem logo a coorte, e espero que isso nunca mais ocorra em minhas terras, ou serei obrigado a mandar a cinza de vocês a Villon e as suas capitão, farei questão de enterrar fundo ou darei de comida aos porcos.


    A presença dele era assustadora. A sede de sangue era imensa, que fazia que ninguém ali ousasse responder a ele ou o ameaçasse.

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    Mensagem por Vaine Qua Dez 02, 2020 8:33 am

    Vaine estava de pé, encostado em uma madeira, enquanto continuava a observar o desenrolar da cena entre os recém chegados, o Padre e o Capitão. A fina garoa se mantinha firme e o maldito clima de Londres, se mostrava um mau presságio e por um breve momento, Vaine agradeceu sua condição de imortal, já que provavelmente, aquele clima, penalizaria a saúde de muitos mortais.

    "Por sorte meus homens são homens do mar e a mudança climática é algo que estão acostumados.." *Pensou*

    O Capitão de MOARTEA ILUZORIE, teve seus pensamentos interrompidos, quando viu o Capitão do Porto, sacar sua espada e cortar a cabeça do Padre, logo após o sorriso presunçoso do mesmo. Vaine deu um leve sorriso e balançou a cabeça negativamente, de fato, gostou de ver a cabeça do servo de Deus, colar no chão do porto, mas desaprovou a ação, conheceu o Capitão do Porto quando chegou e sabia que o mesmo apesar de firme, dificilmente teria uma ação estúpida como aquela e o Ravnos era realmente bom em ler as pessoas. Isso deu a certeza que um dos três que ali estavam, ou talvez os três, fizeram algo a aquele homem.

    -Estupidos… *sussurrou*

    Não demorou muito para que os servos de Deus partirem para cima do Capitão do Porto, o Ravnos pensou por um momento em aproveitar a deixa, mas logo clima se tornou mais pesado, Vaine sentiu automáticamente a presença de uma 5° pessoa e buscando com o olhar, viu o homem de presença assoladora, presença que fez o avanço de todos se deter, porém, para o Capitão de MOARTEA ILUZORIE era indiferente, a muito conheceu pessoas muito mais assustadoras que aquele homem isso incluía sua senhora, que a muito não via. E também, o Ravnos aprendeu a muito, se manter frio a qualquer ameaça, afinal, isso foi o que lhe tornou o grande Capitão que é hoje, mas também não era idiota em se meter com o homem que estava ali na frente.



    Viu então a cabeça do Capitão do Porto rolar, Vaine ergueu as sobrancelhas com certo espanto e então sussurrou:

    -Justo…Uma vida, por uma vida…

    Enquanto ouvia as palavras do homem para os Guardas e Religiosos que estavam ali em embate, Vaine pensava:

    "Ele tem um senso de justiça ou foi extremamente inteligente em matar o Capitão do Porto…"

    Quando então as palavras de Morgul se voltaram para Vaine, o Ravnos desencostou de onde estava e mordiscou uma maçã, caminhando então lentamente, saindo de onde estava. Todos ali não haviam notado a presença do Capitão de MOARTEA ILUZORIE e os envolvidos naquela cena, se perguntavam se ele sempre esteve ali os observando. Com um sorriso o Vampiro apenas respondeu a Morgul:

    -Estou realmente impressionado! Já que estou a muito observando eles e apenas você me notou.

    -De fato a educação das crianças hoje está cada dia pior, mas em minha defesa, ainda estou no prazo para me apresentar ao seu regente, já que cheguei no fim da noite de ontem e tive imprevistos com os malditos de língua comprida, que não paravam de falar dos deuses e de suas magias.

    -Quanto a me jorgar aos porcos, acredito que eu seria um ótimo alimento.

    Vaine falava em um tom normal, o suficiente para que os que estavam ali próximo agora pudessem ouvir.


    ….

    Voltou então seu olhar para os três recém chegados, deu uma mordida novamente na maçã e fez uma breve reverência para os mesmos inclinando o corpo e disse em francês impecável:

    -Très bonne nuit…. (Muito boa noite)

    Então ergueu seu corpo de sua reverência e sorrindo disse:

    -Parece que vocês gostam de chamar a atenção não é mesmo?

    Para olhares mais atentos, podiam notar que Vaine , em todos os aspectos era um mortal, que apesar de estar molhado e um pouco mal cuidado, é um homem extremamente bonito e de corpo atlético, que talvez se tivesse um com trato, se destacaria dos demais, seu olhos são verdes e parecem perfurar a alma daqueles que o mesmo fita, algo na expressão natural do Capitão de MOARTEA ILUZORIE também trazia a estranha sensação do mesmo estar o tempo todo sendo sarcástico. Então Vaine caminhou até algumas caixas e encostou, se mantendo sério, e esperando os três recém chegados responderem a Morgul.

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    Richard Soleil
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    Mensagem por Richard Soleil Sáb Dez 05, 2020 9:10 am

    O som do que ocorrera, após sua partida, agradava, imensamente, ao Malkavian. E, ser gotejador por vitae, dei-lhe um prazer que, desde as batalhas a serviço da coroa, não sentia. Pôde jurar, que sentiu seu coração morto palpitar uma vez, não conseguindo evitar um mínimo, mas verdadeiro sorriso de satisfação.

    O que se seguiu, realmente, foi uma surpresa.
    O ser que surgira, como se enviado dos reinos de Lúcifer, impressionou, por sua habilidade sorreteira e sua precisão no manejo da lâmina.

    "Com certeza, ele está num nível superior a mim, na esgrima." - pensou, enquanto sentiu-se, realmente, ameaçado por aquela figura opressora. - "Será, que ele seria tão confiante se eu lhe jogasse a adaga, agora?" - imaginou o travesso Malkavian.

    Seu sorriso se alargava, enquanto ele deixava sua imaginação levá-lo para cenas de Morgul se contorcendo e urrando de dor, no chão, segurando a adaga, enquanto Richard lhe estaqueava o coração, com uma lasca de um corrimão...

    O seu silêncio, ante as palavras e reprimenda do Algoz, lhe garantiu evitar uma tremenda confusão entre as cidades. Ser atacado por Morgul era nada, perto do seu destino, ao desagradar Villon.

    Tirado de seus pensamentos pelo oculto capitão de outro navio, ficou intrigado com o francês puro deste, apesar de seu indecoroso "muito boa noite" - "Palavreado plebeu." - pensou -, por sua aparência bruta e tez mais escura que o normal para o povo francês, fez o Malkavian suspeitar se tratar de um colono.

    Mais, ainda, intrigou Richard, ao ouvir Morgul se referir ao marinheiro, como cainita, visto que este tinha a pele com o tom não muito pálido e COMIA uma maçã (o que causou repulsa em Richard, como um humano vendo outro buscar alimento numa lixeira).

    "Se se trata de um cainita, ou é um neófito de algum Senhor displicente da Espanha ou das terras africanas, ou é um daqueles fracos de caráter, que tentam se misturar ao gado humano, agindo como se ainda fosse um deles, relevando o Legado da Noite... Repugnante!" - pensou Richard, enquanto seu sorriso passava para seriedade e desdém.

    GASTOU 1 FORÇA DE VONTADE

    - Bon soir, monsieur, Morgul! - a Vaine, se resumiu a um aceno de cabeça - Se sabes de onde viemos e a quem representamos, também, sabes da importância de nossa partida deste local, para prestarmos, tanto homenagem ao lorde desta cidade, como explicações de nossa visita ao mesmo. Recomendo que trate de sua missão de patrulha, assim como, trataremos da nossa de emissários. Limpe a bagunça de seu serviçal, que está óbvio, não tinha uma conduta e postura que um verdadeiro soldado tem. Como um soldado a muito tempo, recomendo que escolha melhor aqueles que representarão sua vontade. - disse o confiante Richard, sabendo que, não só ele e Gennevieve, temiam a fúria de Villon, como qualquer cainita que tivesse ouvido falar do Príncipe de Paris - Agora, com sua licença, conduzirei madame à residência que nos foi preparada. Au revoir! - finalizou, virando-se e olhando para Gennevieve, aguardando seu aval.

    - Allons-y? - disse para a Rosa.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Sáb Dez 05, 2020 4:21 pm

    A cena se abria na frente de Genevieve como em um tabuleiro. Quando estava prestes a se virar para deixar o Porto, ouviu as palavras de Richard e o tilintar das espadas. Antes mesmo de representar seu papel de humana assustada, seu disfarce foi arruinado pelo Algoz de Londres. Também notou um dos homens ali presentes, o qual havia previamente descartado como humano, desencostar-se de algumas caixas armazenadas sob uma tenda e caminhar até o grupo. “Um manjasang mordiscando maçãs? Que peça incomum” pensava, no entanto seu rosto não demonstrava o menor interesse por nenhum dos presentes, e não dispensou a cada um mais do que um simples olhar – apesar de ter disfarçadamente analisado cada um. Na verdade, a aparência de Genevieve era por si só um mistério: seu rosto ainda exibia a expressão de suavidade e calma, porém seus olhos não acompanhavam as mesmas emoções.

    Enquanto Louis tratava com os membros do Clero uma reunião no dia seguinte para discutir as necessidades da embarcação, Genevieve mantinha-se quieta como um gavião espreitando a sua presa. Saiu de seus devaneios apenas quando Richard lhe falou diretamente. No xadrez, ganha quem consegue prever os movimentos do adversário – e assim a jovem o fez. Percebendo que Richard estava satisfeito com a situação que havia provocado, e com sua nova afronta ao Algoz, entendeu que sua estratégia deveria mudar se quisesse ser bem recebida na cidade e, principalmente, na Corte. Lembrou-se de Hélène, e de um de seus ensinamentos favoritos: “No xadrez, criança, seja sempre a jogadora – nunca a peça”, e entendeu que, neste caso, ela deveria ser ambos. Com um aceno de cabeça para Richard, se posicionou equidistante dos três cainitas, de forma que agora cada um dos presentes assumia a posição de uma ponta do tabuleiro – e cada passo seria essencial. Quando Genevieve finalmente fala, é primeiro à Louis que ela se refere:

    Mon cher – Ela chama, em um francês antiquíssimo e uma voz tão sedosa quanto seus cabelos. Louis, no entanto, era o único que conhecia a verdade por detrás deste tom de voz – a fúria da Rosa estava borbulhando, escondida da superfície. Apenas um olhar muito atento notaria o breve tremor que passou por Louis enquanto ele caminhava até a jovem esposa, como se lembrasse de tempos ruins. – Prenez la boîte de ma broderie pour moi, s'il vous plaît. – Após pegar a caixa que continha, além de retalhos e bordados, a adaga maldita, Louis posicionou-se ao lado de Genevieve, porém ligeiramente atrás: um sinal de prontidão e subserviência, porém pronto para atirar-se na frente da amada em caso de necessidade.

    Só então, calmamente, dirigiu-se aos outros dois cainitas presentes. Falava no mesmo tom sedoso, porém em um inglês fluente, com pouquíssimo sotaque. – Good evening, gentlemen. – Seguido de uma mesura, surpreendentemente, à ambos os desconhecidos. – Sinto que minha chegada tenha sido sucedida por tais terríveis acontecimentos. Sir Morgul, I’m delighted to meet you. Tenho certeza que é de seu conhecimento que estou em terras londrinas há pouco mais de alguns minutos, portanto ainda não tive o prazer de me apresentar à Corte, onde sou esperada. Sou Genevieve de Clermont, e sou aguardada pela Primigenie da Rosa. Eu estava esperando ir à Casa e descansar da viagem, além de banhar e estar em condições mais dignas de uma apresentação à Corte. – Quem olhava para Genevieve via sua aparência impecável, mas seu olhar de desaprovação para suas roupas era o suficiente para convencer qualquer um de que ela definitivamente conseguiria ficar ainda mais bela. – Porém, uma lady deve priorizar os deveres antes dos prazeres, infelizmente. – Dizia com um breve sorriso, fitando de relance os olhos do Algoz. – Estou me encaminhando agora mesmo para a Corte. Gostaria de chegar lá sem manchas de vitae em minhas vestes. – Assim, fez menção de voltar à carruagem, porém sem dar as costas para os presentes ali. (Voz melodiosa, qualidade inocente)
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Sáb Dez 05, 2020 4:30 pm

    Teste: manipulação (2) + política (3)
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    Mensagem por Night's Lord Sáb Dez 05, 2020 4:30 pm

    O membro 'Genevieve de Clermont' realizou a seguinte ação: Lançar dados


    'd10' : 6, 10, 4, 4, 8
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    Mensagem por Night's Lord Seg Dez 07, 2020 6:45 am

    Como sinal que a violência estava acabando, a insistente chuva também começa a finalmente diminuir de novo, e juto com a calmaria, o Algoz parece refletir um pouco que seja. Era visível que estava irritado ainda e uma palavra erra poderia por tudo a perder. E quase Richard faz isso, pois o Algoz chegou a colocar as mãos na espada de novo com suas palavras, até que Genevieve se interpôs entre eles, também aparentando estar realmente brava, para que conseguisse decifrar sua expressão.

    A Toreador conseguiu amainar a situação com sua diplomacia, conforme fora treinada pela rainha de champagne, mas fora por pouco, pois as palavras seguintes do Algoz deixam realmente claro o que ele pensa de Richard e talvez do grupo parisiense.

    Morgul:- Very Well my Lady. Você devem se apresentar o quanto antes a coorte, mas saibam que uma mensagem será entregue a todos os Algoz da cidade  e a sua anfitriã sobre a postura de seu convidado. Em minha área ele será a partir de agora uma persona non grata. Como vocês são novos na cidade, e as ruas de Londres não são iguais a de Paris, pedirei que um dos meus lacaios os guiem até o Elisium. Lá vocês poderão alugar uma carruagem mais apropriada ou usar a da Primigenie da Rosa, tanto faz.

    Quanto a você Pirata, seria de grande utilidade que também fosse se apresentar com eles, ou logo atrás deles. Você já está a 1 dia na cidade e suas andanças pouco me interessam portanto que não me de trabalho. O que parece não ser o caso, pois dos recém chegados, parece ser o que mais ter algum tipo de bom senso, e saber o que aquele navio da Igreja significa.

    Peça a seus amigos que também vão se apresentar, ou irei considera-los ilegal e irei mandar prende-los.


    O Algoz parecia ir se acalmando aos poucos, com grande dificuldade. Sabia que se matasse o cainita presunçoso, irei dar uma grande desculpa a Villon para vir meter o bedelho na cidade e isso ele não queria. Ainda mais com o fraco do Senescal como regente temporário na cidade.

    A chuva cessa de vez quando o Algoz finalmente tira suas mãos da espada na cintura, se vira e começa a ir na direção do pequeno quartel do cais, de onde logo em seguida sai um homem, o que parecia mais bem vestido que os demais, e agora já usando a insígnia de capitão da docas, e esse novo capitão pega uma carruagem, a melhor que eles tinham e traz para os conduzir para o Elisium.

    O Algoz não voltou a aparecer, mas aos três ali, é nítido que ele estará viajando e não haverá uma segunda chance.
    Off: Todos: Percepção + Prontidão dif. 8. 1 sucesso basta
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    Mensagem por Vaine Seg Dez 07, 2020 8:36 am

    Vaine se mantinha comendo sua maçã enquanto observava, ouviu as palavras ousadas de um dos homens que desceu junto da embarcação francesa. Após ouvir, o Capitão deu uma leve risada enquanto pensava:

    "Esse cara ou é burro, ou é muito seguro de si, até mesmo eu, sei que é burrice tomar esse tipo de atitude com alguém como Morgul."

    Vaine já esperava que a cabeça do recém chegado da França fosse separada igualmente o que foi feito com o Capitão do Porto, mas, em um instante a mulher que antes de fazia de submissa, tomou as rédeas da situação e falou como uma verdadeira diplomata. Toda aquela situação divertia o Capitão de MOARTEA ILUZORIE, gostava de ver as máscaras caírem, mostrando que tudo na vida e na não-vida, passava tudo de breves ilusões.

    ....

    Ouvindo todas as palavras da mulher que se apresentou como Genevieve, Vaine as memorizou, cada palavra, cada detalhe, inclusive da caixa que pegaram, tudo aquilo era de extrema importância para o Capitão, que pensava:

    "Essas informações pode me render alguns contratos.."

    As palavras da Vampira parece ter surtido efeito e fez Morgul por hora, atura-los.

    "Hmmm... Conseguiu por hora salvar o amigo... Criança esperta..."

    Por fim, ouviu os avisos de Morgul e jogando o resto da maçã fora, meneou a cabeça positivamente e disse:

    -Farei como pedido, tal apresentação já estava em meus planos, então aproveitarei a deixa e a carona na carruagem.

    -Quanto ao elogio por ter bom senso quanto as minhas obrigações de recém chegado, fico lisonjeado. *Fez então uma breve reverência*

    -Mas todavia, não faço mais que minha obrigação e já faz alguns séculos que não sou uma criança da noite, então evito me portar como um.

    Voltou seu olhar para os recém chegados, era nítido que Vaine alfinetou a atitude dos mesmos e estava implícito em suas palavras que o Capitão os considerava Crianças da noite.

    .....

    Vaine então olhou para o corpo do Capitão do Porto caído ao chão e em um suspiro disse a Morgul:

    -Lamento por sua perda, por mais que sejam apenas ferramentas, é sempre ruim perder um dos nossos.

    Balançando os ombros com um sorriso no canto de boca disse:

    -Ao menos eu pude proporcionar a ele, o aconchego entre as pernas de uma boa mulher, horas antes de sua morte.

    -Mas fazer o que né?

    Observou, o Algoz se afastar e então notou que logo saiu outro homem com o uniforme e insígnia de Capitão do Porro. Então em um sussurro disse enquanto observava:

    -Como um mourão, quando um cai... Se coloca outro no lugar ...

    Quando a carruagem chega próximo dos mesmos, Vaine toma a dianteira, abrindo a porta da mesma e diz aos aparentes franceses:

    -Primeiro os convidados da França.

    Aguardou então que os mesmos entrassem, caso se recusassem por algum motivo, entraria na carruagem e aguardaria seu destino.
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    Mensagem por Richard Soleil Sáb Dez 12, 2020 3:36 pm

    Richard não sabia explicar como reuniu coragem para desafiar o opressor Morgul, mas o tinha feito. E, agora, sentiu-se vitorioso, pois, sua cartada havia funcionado. Apesar de, aparente, impulsividade, o Algoz tinha bom senso. Causar uma ofensa aos representantes de Villon traria muitos problemas, não só para Morgul, como para a cidade de Londres.

    Mas, algo mais importante exigia sua atenção. O pirata, que surgira, como que das sombras, iria se juntar a ele e Gennevieve.

    O pirata que, segundo Morgul, também, era um cainita condenado à noite eterna. E, o pior, era uma Criança da Noite, visto que ainda mantinha o hábito humano de se alimentar de fruta.

    "Uma vingança sutil, da parte do Algoz... Nós forçar a viajar com esse plebeu de mais modos. Preciso saber quem o trouxe para a não-vida, para questioná-lo sobre a escolha de alguém de modos tão dúbios. Apesar de sua postura demonstrar alguma certa habilidade... Como marujo deve ser um bom guerreiro. Talvez..." - o raciocínio de Richard fora interrompido quando este leu a Aura de Vaine.

    Teste de Auspícios - Leitura de Aura = 5,1,7,2,1 (2 falhas críticas)

    Enquanto o pirata segurava a porta da carruagem, Richard ficou estático.

    "Mon Dieu! O quê vejo na aura deste... Homem!? Que padrão tão inquieto é este!? Malcolm havia me alertado sobre seres com este padrão, mas eu nunca havia visto... Mon seigneur, pardon moi por duvidar de ti! - Richard estava, totalmente, estupefato e era tomado por espanto e admiração. Ele não perceberá, mas não se movia, apenas, permanecendo parado observando o pirata - "Como eu queria que Viggo estivesse aqui! Ele saberia o que fazer... Será que esta criatura nos seguiu até aqui!?" - Richard brigava com seus pensamentos.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Seg Dez 14, 2020 9:21 pm

    As palavras do Algoz não aborreciam Genevieve, pois ela estava acostumada a hostilidades na Corte. A irritação que se mantinha era para com Richard, que agora estava imóvel encarando o pirata, que tinha uma expressão presunçosa de quem estava assistindo à um espetáculo particular.  Embora a ofensa não a tenha passado despercebida, – afinal, quem era aquele ser maltrapilho e sujo para lhe chamar de criança da noite? – não gastou sequer um segundo de seu tempo retrucando, nem mesmo olhando para o cainita. Dirigiu sua atenção apenas à Richard e, ao ver que ele não se moveria, estalou os dedos impacientemente na frente de seu rosto até que ele voltasse a si.

    Entrou na carruagem, seguida de Louis e dos outros dois homens. Louis, que já havia notado os olhos atentos do pirata a cada detalhe, esperou por alguns minutos antes de se dirigir à Genevieve. “Mon coeur, voici ta broderie” disse ele, abrindo a caixa como se fosse uma joia. Para todos que olhassem, a caixa continha retalhos e materiais de costura, bem como alguns bordados inacabados. Genevieve procurou por alguns minutos algum bordado que lhe interessasse e, ao achá-lo, concentrou-se em bordar até que a viagem terminasse, sem dispensar um olhar para os demais.
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    Mensagem por Genevieve de Clermont Seg Dez 14, 2020 9:26 pm

    OFF: Percepção + Prontidão
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    Mensagem por Night's Lord Seg Dez 14, 2020 9:26 pm

    O membro 'Genevieve de Clermont' realizou a seguinte ação: Lançar dados


    'd10' : 4, 10, 2, 6
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    Mensagem por Night's Lord Qui Dez 24, 2020 8:46 am

    Vaine volta ao Navio, pensativo com algumas coisas. A atitude do Senescal lhe chamara a atenção pois ignorar uma carta escrita por um dos Algozes da cidade relatando uma clara violação, e ainda por cima os tratar muito bem? Poderia ser tudo isso medo de Villon ou havia um cheiro de Golpe no ar? Mas quem seria idiota de dar um Golpe em Mithras?

    O encontro com a Primigênie Toreador também lhe chamou atenção. Nitidamente ela reconheceu o anel ao qual usava, e foi possível ver um certo conflito de sentimentos na Rosa, pois ao mesmo tempo demonstrou interesse, ao mesmo tempo parecia desgostar do mesmo. O convite a encontrar ela um dia, abria portas para futuras negociações e quem sabe troca de favores.

    Se Vaine que não é um hábil político sentiu fraqueza no Senescal, com certeza a Primigênie Henriqueta, assim como outros também devem ter sentido, e agora o velho lobo do mar começa a raciocinar sobre como poderia sair ganhando com toda essa história.

    O porto estava quieto, nem mesmo os monges estavam em seu barco, tendo muito provavelmente ido a algum mosteiro perto para descansarem, em quanto a restauração do navio não começava.

    Vaine sabia que o navio estava sendo vigiado e por quem, por isso usando o raro momento de bom senso, passa longe do mesmo e vai a sua embarcação, onde só encontra acordado os homens que estavam de guarda, que lhe informaram que o criado de um senhor da cidade lhe trouxera um convite, que estava na mesa do Capitão, colocado lá pelo contramestre.

    A carta dizia que um senhor chamado Barão Sir Edward Cornell o convidava a um jantar na casa dele as 19h, dizendo também que tinham muito o que conversar. No final da carta havia o símbolo de um cetro.

    As próximas noites seriam agitadas e a mente do Ravnos trabalha em um turbilhão de ideias e possibilidades. As próximas ações teriam que ser jogadas com habilidades, pois os ganhos seriam muitos, mas o tombo também poderia ser da mesma proporção.
    ================== Fim da Noite =====================================
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    Mensagem por Vaine Qua Dez 30, 2020 9:57 am

    Vaine era um homem pontual em seu despertar e como sempre, bem ao início da noite, desperta de seu sono. Seus olhos se abrem mecanicamente, como de um paciente que retornava da morte, afinal, era isso que o Capitão sentia quando era obrigado a descansar devido ao sol.

    O Ravnos estava sem camisa, vestindo apenas uma calça, se sentou na cama e jogando seus pés para o lado, deixou os mesmos tocarem no chão frio de madeira do navio. Reclinou o corpo pra frente, deixando os cabelos cair sobre o rosto, enquanto respirava fundo e sentia aquele cheiro de maresia que impregnava todo o porto.

    Vaine ouviu o caminhar de seus marujos pelo convés, enquanto passava a mão no próprio rosto, um ato que repetia por algumas vezes, mania de quando era mortal, algo que ele nunca conseguiu se livrar. Por fim, jogou os cabelos para trás com ambas as mãos, para tira-los da frente do rosto e por fim, olhou em volta de seu quarto.


    -Oof!... *Suspirou*


    O Capitão tentava organizar sua mente sobre tudo que havia acontecido na noite passada, ainda não havia engolido  as atitudes do Senescal de Mithras e com certeza, achava que as intenções do mesmo para com toda aquela situação, não era das melhores. Com um sorriso de quem havia lembrado de uma piada apenas sussurrou para si mesmo:

    -Isso não é problema meu...Mas eu posso tirar vantagem disso....


    Vaine levou a mão então sobre o anel que estava em seu dedo, enquanto girava o mesmo com os dedos, pensava em como aquilo seria útil pra ele, afinal, parecia que a Primógena das Rosas, havia o reconhecido e a mesma tinha a mesma atitude estranha que o Senescal da cidade:

    "Será que ambos estão juntos em seus joguetes?" *Pensava na relação a atitudes da Primógena e do Senescal*

    Por fim o Vampiro se levantou, indo até sua mesa, onde havia a carta que havia recebido de um homem chamado Edward Cornell, o símbolo do cetro, fez Vaine levar a mão na própria nuca e a esfregar enquanto sussurrava:

    -O que esse cara quer comigo?...Tudo bem que fiz muitos negócios com os do cetro... Mas os malditos sempre tentam me colocar em algum de seus joguetes...

    Com um sorriso termina:

    -Por sorte, geralmente são eles que ficam chafurdados na piscina de merda que deixo pra eles...

    O Ravnos então memorizou a carta e por fim a queimou para que não houvesse vestígio.


    ....

    Por fim, o Vampiro se vestiu como de costume, o Ravnos tinha roupas finas, de seda e com todo requinte que podia querer para se misturar aos nobres, porém, não se vestiu com as mesmas, preferindo sua roupa habitual, não era o momento certo ainda, para se misturar a nobreza, decidiu.


    Vaine então, saiu pela porta de sua cabine, enquanto falava em bom som a todos do Navio:


    -BOA NOITE! SENHORES DO NAVIO MOARTEA ILUZORIE!
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    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 8:33 am

    O Capitão acorda cedo como de costume, e como de costume fica ouvindo seus marujos trabalhando e como sempre o som dos afazeres agrada o mesmo.

    A carta ainda estava na mesma posição que havia deixado, e após ler a mesma novamente, fica com a "pulga atrás da orelha", pois pouco o capitão havia se mostrado, mesmo no Elisium não havia falado com ninguém a não ser a Primigênie Toreador.

    Então quem era esse ser do cetro que queria falar com ele?

    Quando sai do navio e cumprimenta seus marujos, todos dos eles saúdam o capitão deles, e logo Jack vem dizendo que uma carruagem havia acabado de chegar e um jovem bem vestido estava esperando com a porta aberta. Era o mesmo que havia vindo na noite passada lhe deixar a carta.
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    Mensagem por Vaine Dom Jan 03, 2021 9:49 am

    Vaine sorriu ao ver a saudação feita por seus marujos e assim que Jack se aproximou para lhe dizer que uma carruagem o esperava, o sorriso de seu rosto se desfez e tocando no ombro de Jack apenas disse:

    -Cuide de tudo em minha ausência, pelo visto tenho negócios a tratar...


    O Capitão de Moartea Iluzorie foi caminhando para fora do navio em direção a carruagem que lhe esperava, enquanto caminhava pensava:

    "Parece que estão com urgência em me ver, a noite nem bem começou e já tem uma carruagem a minha espera, veremos o que eles querem."

    Ao avistar a carruagem, Vaine a observou atentamente, guardando cada detalhe desde o cocheiro quanto os ornamentos da carruagem, tentava também avistar se havia alguém no interior da carruagem.


    ....


    Quando chegou próximo o suficiente da Carruagem, Vaine disse em bom som:

    -Boa noite! O que querem de mim?

    O Ravnos aguardou a resposta de seja lá quem fosse.
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    Mensagem por Night's Lord Dom Jan 03, 2021 7:37 pm


    Ao contrário de ontem, onde o tempo parecia mudar a todo momento, hoje parecia que uma cerração viria do mar para ficar. As famosas brumas de Londres, que de acordo com relatos de viajantes experientes, poderiam durar dias, e até mesmo semanas.

    O homem na carruagem estava parado, como se brincasse de estátua, indiferente a qualquer influência climática. Vaine já tinha ouvido falar desses criados que não tinha vontade própria, só seguiam as ordens e vontades de seus senhores, mas essa era a primeira vez que via pessoalmente.

    Mesmo com a grosseria do capitão o mordomo não se mexeu e nem respondeu a pergunta feita.

    Quando o capitão chega perto da carruagem, percebe que ela está vazia. Seu anfitrião parecia não estar disposto a vir lhe encontrar pessoalmente. Um fato que sempre irritou o Ravnos. A nobreza sempre tratava os outros com indiferença e superioridade.
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    Mensagem por Vaine Seg Jan 04, 2021 11:20 am

    Vaine observou o serviçal, sua inabalável frieza e submissão intrigou o Capitão, que sorriu de canto de boca.

    ...

    Ao ver que não havia ninguém no interior da carruagem, Vaine se aproximou da mesma e entrou dentro da carruagem, se aconchegando no assento.

    "Era de se esperar, que a nobreza não pisaria no porto, ainda mais para ver alguém como eu..."

    Vaine então levantou a voz dizendo ao cocheiro:

    -Se está tudo certo, podemos ir....

    O Capitão então apenas aguardou que a viagem fosse feita...
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Dom Jan 24, 2021 10:07 am

    Durante a breve viagem de East End ao Porto o olhar de Gustaaf percorria as ruas de Londres, mas sua mente estava a muitas milhas de distância: calculava a distância entre Londres e Lisboa, quais as melhores rotas para escoar seus produtos entre Portugal e Espanha, as margens de seus parceiros na Ibéria. Concentrado, ele não percebe que a carruagem havia parado até que o cocheiro anuncia:

    - Aqui estamos, senhor. O posto dos fiscais do porto.

    Gustaaf então deixa a carruagem, com ordens de que o espere no mesmo local, e segue a passos largos até o posto dos fiscais.

    - Boa noite. Estou procurando o capitão Vaine, que atracou no porto há dois dias. Vocês poderiam me indicar onde posso encontrá-lo, por gentileza?
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    Região Portuária de Londres - Página 3 Empty Narração Gustaaf

    Mensagem por Night's Lord Ter Jan 26, 2021 7:10 am

    Gustaf chega ao posto de fiscalização, onde os guardas estavam mais alertas que o normal devido a densidade um pouco fora do comum das brumas que normalmente tomavam conta em locais perto de rios, lagos e de muita vegetação.

    Como Gustaff o que Ventrue pedira não era um pedido incomum, pois só tinha perguntado o nome de um capitão de navio, os guardas das docas lhe entregam o nome do navio, que se chama Mortea Ilusorea, e o dispensam dizendo que estavam cheio de coisas para fazer.

    O comerciante então se dirige ao navio mencionado e no caminho encontra um navio da Igreja, onde monges e marceneiros pareciam trabalhar juntos para reparar os severos danos que o mesmo tinha recebido, como se tivesse tomado um raio. O que fora o caso na verdade caso venha a querer saber.

    Mas o que chama atenção são as vestes dos monges. No lugar da costumeira cruz vermelha, havia uma cruz azul. Soldados da inquisição de Elite da Igreja Romana. Visitas perigosas para qualquer cainita.

    2 navios depois do navio da inquisição Gustaff encontra o navio que procurava, e dentro dele havia pouquíssima movimentação, e após algum tempo esperando, após chamar pelo nome do capitão Vaine, um homem meio gordinho, nem baixo nem alto, saí para falar com o cainita, se apresentando como o Contra-mestre do Návio, Jack 9 dedos, e a informação que ele dá, deixa os pelos da nuca de Gustaff "arrepiados". Vaine havia se encontrado com um homem chamado Alex Cornwell.

    Mesmo não o conhecendo pessoalmente, Gustaff já tinha ouvido falar desse Ventrue quando estava na Espanha. Era um ser cruel e ganancioso que havia espalhado o terror na região Norte da Espanha, divisa com a França, e ficou conhecido como El-Terror.
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    Mensagem por Gustaaf van Antwerp Ter Jan 26, 2021 9:28 pm

    O processo foi mais simples do que imaginava Gustaaf - e mais barato também. Ele percorre o cais observando os navios, tomado por uma sensação nostálgica - as memórias de sua infância no porto ainda não haviam se apagado perante os inúmeros anos que sua não vida lhe daria.

    O barco dos monges chama em especial sua atenção - que faziam em terras anglicanas sacerdotes da elite inquisitorial? Poderiam ter simplesmente ficado à deriva em meio à tempestade que aparentemente os castigara, mas sua natureza era cuidadosa demais para ficar tranquilo por algo parecer o acaso. Não seria aquela a desculpa perfeita para uma incursão discreta?

    Diante do Mortea ele avalia o navio cuidadosamente enquanto aguardava que alguém respondesse a seu chamado. Avalia se a nau era rápida e resistente, o mínimo a se esperar de um verdadeiro contrabandista. Após ouvir sobre o destino de seu capitão ele responde ao Contra-mestre:

    - Seu capitão me foi muito bem recomendado, Jack. Tenho alguns assuntos em que creio que possamos ajudar um ao outro. Vocês tem previsão de permanecer em terra por algum tempo ou planejam partir em breve? O nome Cornwell me é familiar... talvez suas velas estarão alinhadas rumo à Espanha?

    - Eu ficaria muito satisfeito em conhecer o senhor Vaine, posso ter esperanças de encontrar-me com ele nessa noite ou em breve?

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